Carla
Jimenez, El Pais
As
manifestações de junho do ano passado continuam rendendo frutos, e a lei
anticorrupção, que punirá empresas envolvidas em atos ilícitos contra o poder
público, é um deles. A nova legislação passa a valer neste dia 29 e pretender
ser mais uma ferramenta para estancar o dreno de recursos que a corrupção
representa no Brasil.
Um estudo da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), elaborado em 2012,
projetava que entre 1,38% e 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) se perdiam
entre ações corruptas no país. Levando em conta o último PIB consolidado
disponível, do ano de 2012, que fechou em 4,4 trilhões de reais, isso equivale
a, no mínimo, uma perda nominal entre 61,7 bilhões reais e 101,2 bilhões de
reais.
Não se sabe
ao certo se esse número é próximo da realidade, até porque é difícil captar
atos ilícitos que estão em andamento neste exato momento, nos subterrâneos do
poder e das corporações. Mas, independentemente dos valores envolvidos, a
corrupção é uma praga que revolta os brasileiros, que pagam impostos compulsoriamente,
e não recebem seus benefícios de volta.
O quadro
atual coloca o país na posição 72, entre 177 países no mundo, no Índice de
Percepção da Corrupção (Corruption Perception Index), de 2013, elaborado pelo
grupo Transparency International.
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