Servidora que goza de grande prestígio e confiança
da prefeita entra no jogo rasteiro contra a direção do hospital
O texto publicado pela servidora pública
municipal Cláudia Ribeiro Moreira, conhecida como “Enfermeira Cláudia”, nos
alerta que a prefeita está mesmo decidida a não estabelecer o convênio com o
hospital no valor aprovado pela câmara dos vereadores.
Importante sempre
salientar que o convênio de R$ 380.000,00 por mês tem como objetivo na
prestação dos serviços de urgência/emergência, obstetrícia e banco de sangue,
que são de ÚNICA E EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE DA PREFEITURA.
A enfermeira Cláudia ocupa o cargo
comissionado de chefe de divisão de enfermagem, que dentre as muitas
atribuições deste cargo, uma das principais está na gestão das unidades de
atendimento de saúde de atenção básica, mais conhecidos como PSF’s.
E como é
publico e notório, as condições atuais dessas unidades são extremamente
precárias, o que leva a sobrecarregar o já combalido hospital.
Para se ter uma melhor ideia de como está precário
o sistema de atenção básica de saúde de BJI, no final de 2012 o então
presidente do hospital, Dr. Celso Ribeiro, nos informou que setenta por cento dos
atendimentos do Posto de Urgência eram casos que deveriam ser resolvidos nos
PSF’s.
Mas a precariedade e a
incompetência da gestão desses acaba por sobrecarregar o PU, que em vez de
atender somente aos chamados emergenciais, na maioria dos casos os plantonistas
estão clinicando.
Recentemente publiquei uma reportagem sobre o
caso dos kit’s de exames preventivos que tiveram seus prazos de validades
vencidos por conta de falta de profissional para realizar a coleta do material
para os exames preventivos ginecológicos.
No inicio de 2013 eu e o vereador
Ricardo Aguiar flagramos no mesmo mês de janeiro dois PSF’s com o fornecimento
de energia elétrica suspenso por INADIMPLÊNCIA.
Vejam bem meus amigos, uma
secretaria de saúde que não se organiza para sequer pagar contas de energia
dos PSF’s, quer agora vir a público para desqualificar a direção do hospital e
acusar seu corpo clínico de supostas condutas negligentes dos médicos do São
Vicente.
Ainda em seu “desabafo” a enfermeira Cláudia
deu uma dissertação do significado do termo “FILANTROPIA”, dando a entender que
nos últimos anos o hospital teria deixado de ser filantrópico.
Se ela tem como
provar que houve conduta negligente e omissa de alguns médicos do hospital, que
a nobre servidora então formalize uma denuncia apontando os responsáveis por
supostas práticas.
Se a prefeita brada por todos os cantos do município que a
dívida de mais de R$ 30.000.000,00 do hospital foi proveniente de desvios em
gestões recentes, que ela apresente os nomes e as provas.
Segue abaixo o “desabafo” publicado pela
enfermeira Cláudia em sua página no Facebook
"Apenas um desabafo....
Durante estes dia muito tem se falado a respeito da situação de SAÚDE do município de BJI, principalmente abordando assunto ligado ao HSVP – entidade FILANTRÓPICA antiga referência de SAÚDE conveniada ao SUS na região, em que de diversas formas paira uma nuvem de nostalgia do que já foi.
Exatamente uma ENTIDADE Filantrópica que significa:
“uma sociedade sem fins lucrativos podendo
ser entidade, associação ou fundação,
criada com o propósito de produzir o bem, tais como: assistir à família, à
maternidade, à infância, à adolescência, à velhice, promovendo ainda a
habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e integração
ao mercado do trabalho”.
“Para ser reconhecida como filantrópica pelos órgãos
públicos, a entidade precisa comprovar ter desenvolvido, no mínimo pelo período
de três anos, atividades em prol aos mais desprovidos, sem distribuir lucros e
sem remunerar seus dirigentes.” O que COM CERTEZA ACONTECEU quando foi criada.
Em palavras mais simples: A filantropia significa humanitarismo, caridade, doação, até mesmo tempo e atenção e quem pratica filantropia não visa lucro nem ganho, somente o humanitarismo.
Por outro lado essas entidades se destinam a
complementar os serviços que deveriam ser prestados pelo ente público, neste
caso entra o fato de ser CONVENIADA AO SUS e também “podem recebem repasse de
subvenções para a SUA MANUTENÇÃO”.
O que realmente temos HOJE?
O que realmente temos HOJE?
Temos sim uma clientela a ver navios, a mercê de ondas em que a tão sonhada FILANTRÓPIA se perdeu em meio a dispersão das ondas, em que o sem fins lucrativos, se tornou o TISUNAMY e que o principal náufrago é o propósito DESSA ENTIDADE QUANDO FOI CRIADA.
Acho que no momento não serão os R$250.000,00, R$319.000,00 ou R$380.000,00 (valores complementares MUNICÍPIO E ESTADO) que estão em jogo, mais sim pensarmos qual o real objetivo da PRESIDÊNCIA E DIREÇÃO envolvida, em que favorecem uns e desprestigiam outros que vem ao longo do tempo DOANDO SEUS SERVIÇOS.
O que esta em jogo é a situação de retorno de usuários em situação de ASSISTÊNCIA não realizada, omissões e negligências no atendimento; fugindo do PRINCIPAL PRÓPOSITO DA FILANTRÓPIA: PRODUZIR O BEM - ASSISTÊNCIA À FAMÍLIA, À MATERNIDADE, À INFÂNCIA, À ADOLESCÊNCIA E A VELHICE...
Acho que é preciso rever os conceitos, afinal se querem pleitear aumento do convênio e a reconquistada do convênio do Estado em que serão avaliados através de metas, é necessário antes demonstrar OFERTA de bom atendimento.
NÃO EXISTE COMO FAVORECER APENAS UMA CLASSE DOMINANTE.
É PRECISO MUDAR OLHAR E MOSTRAR MAIS DOAÇÃO."