Dois assuntos tomaram os holofotes do
noticiário político nesta semana que termina de maneira atípica por conta de
dois feriados intercalando segunda e quarta feira.
Um assunto está na esfera
federal do poder, e o segundo assunto está na esfera estadual do poder.
Um assunto foi
polemizado por uma manobra desbaratada pelo STF, e o segundo está em uma
publicidade governamental no mínimo contraditória
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O assunto da esfera federal está nos
escândalos envolvendo a Petrobras, que com a ameaça da aprovação da CPI para
investigar os desvios na estatal, o governo tentou inserir na CPI a
investigação sobre as irregularidades no cartel do metrô de São Paulo.
Com
isso, a minoria recorreu ao supremo tribunal federal, e a ministra Rosa Webber
determinou a instalação da CPI para investigar única e exclusivamente as
irregularidades na aquisição da refinaria de Pasadena.
Tentar inserir os escândalos do metrô de São
Paulo aos escândalos da Petrobras, é uma clara manobra do governo para evitar
que se apure mais irregularidades do que já vazou na imprensa.
A constituição
não oferece respaldo em CPI com temas difusos e desconectos, fatalmente que a
CPI multi-temática morreria pela imaterialidade.
Se o governo federal quer
investigar o escândalo do metrô de São Paulo, então investigue os escândalos
dos metrôs do Rio de Janeiro e de Salvador Também.
Por que o governo federal não cita os
escândalos dos metrôs de Salvador e do Rio de Janeiro? A proporção do rombo é
muito maior que em São Paulo e não se fala nada no governo federal a respeito.
O governo
federal por ter total domínio do congresso pode a qualquer momento aprovar
quantas CPI’s pretender, e se o problema do metrô de São Paulo é o fato de ter
repasses da união, o mesmo ocorre em Salvador e no rio de Janeiro.
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O segundo assunto, que está na esfera
estadual, vem do noticiário de mais outras vítimas da violência na cidade do
Rio de Janeiro, em que na comunidade do Pavão e Pavãozinho em Copacabana um
jovem foi morto em uma troca de tiros entre policias e traficantes.
Ainda não
se sabe a origem do disparo que alvejou o jovem vitimado, e as discussões
acaloradas entre os internautas tentando encontrar culpados entre a polícia, o
tráfico e a própria vítima se alastram pelas redes sociais.
O site da revista Veja como sempre já entrou
em cena com suas publicações tendenciosas e reacionárias, em que em vez de
reportar as investigações para encontrar a autoria do disparo, a repugnante
Veja tratou logo de julgar e condenar a vítima, isso mesmo, em um misto de
sensacionalismo e “tendencialismo” esse lamentável veículo de comunicação
encontrou na vítima o próprio réu.
De nada adianta correlacionar a vítima com um
traficante, se a Veja e os internautas não observarem que esta intensa troca de
tiros na comunidade citada, ocorreu em uma comunidade dita pacificada.
Se ela
foi ocupada pelas forças de seguranças e ali instalado uma Unidade de Polícia
Pacificadora, como então os traficantes estavam tão bem armados ao ponto de
proporcionarem uma intensa troca de tiros com as forças policiais? Como os traficantes entraram com essas armas em uma comunidade supostamente pacificada?
Desde o inicio que é público e notório que as
comunidades ocupadas pelas UPP’s não tiveram o tráfico de drogas extinto nas
mesmas, o que no inicio ocorreu foi a “retomada de território pelo estado
nessas comunidades”, como sempre afirmou o secretário de segurança pública do
estado.
Ele ainda concluía que o objetivo inicial do programa das UPP’s era desarmar o tráfico, inibindo assim o domínio territorial estabelecido pelos traficantes.
Ele ainda concluía que o objetivo inicial do programa das UPP’s era desarmar o tráfico, inibindo assim o domínio territorial estabelecido pelos traficantes.
Mas deste 2013 que estamos testemunhando o
noticiário da capital com diversos ataques de traficantes aos policiais das
unidades de polícia pacificadora.
Como pode os traficantes estarem fortemente armados nas comunidades ditas pacificadas?
Como pode os traficantes estarem fortemente armados nas comunidades ditas pacificadas?
A impressão que fica é que este
programa de pacificação das comunidades dominadas pelo tráfico não passou de um
tremendo golpe publicitário, que se derrete a cada semana que se avança em
direção à Copa do Mundo.