A Associação Protetora dos
Animais do Noroeste surgiu como um dos grandes acontecimentos sociais em Bom
Jesus do Itabapoana em tempos recentes, era o primeiro semestre de 2012, e o
entusiasmo das pessoas envolvidas com a nobre iniciativa mobilizou a reboque
grande parte de sociedade.
Vieram então a organização e a instituição
da ONG com legitimidade jurídica para galgar saltos mais ousados, e eles
chegaram muito perto ao viabilizar junto à FAPERJ R$ 40.000,00 para a
construção da sede da entidade, faltando somente a obtenção da área para a
construção do projeto.
Foi então que entrou em cena o
período eleitoral e o interesse do poder público municipal em entrar na empreitada,
tudo muito bem articulado tanto por governistas do executivo como no
legislativo, e como de praxe a cessão da área no núcleo industrial da Nova Bom
Jesus se tornou uma novela indigesta para os nobres voluntários e colaboradores
da iniciativa.
Depois de muito esperar, e com
a providencial colaboração do então secretário de saúde Paulo Guerra, o
secretário de indústria, comércio, turismo e cultura decidiu ceder a área, a ONG
celebrou sua nova diretoria, e não sei como foi que ele entrou no quadro
diretor da entidade.
Depois disso a instituição
reduziu suas atividades e a perspectiva de construção da sede vem diminuindo a
cada dia com a desistência de muitos colaboradores insatisfeitos com a forma
que o presidente vem conduzindo o projeto.
Até o presente momento
absolutamente nenhum membro colaborador da A.P.A.N. sabe ao certo quais são os
motivos que impedem a construção da sede da instituição estando o dinheiro
depositado em conta e com a sessão do terreno consumada.
E nesta noite de quinta-feira
(11/09) tive a honra de participar de uma reunião que certamente marcará a
retomada da A.P.A.N. ao devido caminho, salientando que as principais articuladoras
desta reunião foram os colaboradores Cláudio Azevedo (Colaborador voluntário),
Walkiria Rodrigues (diretora social informal) e Valéria Saad (tesoureira da
atual diretoria), cabendo registrar que as duas me relataram que estão tentando
agendar esta reunião com o presidente a seis meses, sem lograr êxito.
E o que se viu na reunião no
qual tive o prazer de participar diretamente foi que todos os colaboradores
estão muito contrariados com os rumos da A.P.A.N. por diversos motivos, mas
dois deles merecem destaque nesta matéria por vislumbrar uma grave situação
ocorrida.
A crítica mais abordada na
reunião foi a falta de aptidão do atual presidente da instituição ao diálogo e
em compartilhar ideias e sugestões, todas as participantes da reunião que se
manifestaram reclamaram da postura do dirigente em sempre impor suas decisões unilaterais
sem abrir em momento algum uma janela de debates e discussões.
Outro ponto relatado pela
tesoureira da instituição é de considerável gravidade e torna a relação entre
os colaboradores e o presidente fragilizada, e com a confiança quebrada.
A tesoureira relatou que foi
chamada pelo gerente do banco onde está depositado os recursos financiados pela
FAPERJ para a construção da sede, e o mesmo informou que o presidente estaria
utilizando recursos sem a assinatura da mesma, o que pode resultar em consequências
desnecessárias.
Ela ao tomar ciência do fato
ela determinou a suspensão da emissão de talão de cheques da entidade, e desde
então o presidente tem evitado atende-la sem dar satisfação alguma onde ele
teria aplicado esses recursos.
Segundo ainda me relataram, elas têm a
informação verbal que os recursos sacados sem a autorização da tesoureira teriam
sido para custear uma cerca que fizeram no terreno da instituição.
Com este cenário de inércia,
ausência de diálogo e total falta de transparência nas decisões motivou aos
participantes da reunião a se mobilizarem para convocar uma assembleia
extraordinária para decidir o futuro da entidade propondo uma nova diretoria
com uma chapa formada somente por quem participou da reunião desta
quinta-feira. O próximo passo do grupo será a solicitação do estatuto a
instituição com os demais documentos referentes a situação contábil e jurídica.
Registre-se as presenças das
personalidades políticas locais, o professor Cléverson Rufino e o amigo Paulo
Guerra participaram da reunião apenas como colaboradores da A.P.A.N e mais uma
vez se colocando a disposição da instituição sem condicionar qualquer demanda eleitoral.
Este mesmo grupo que organizou
e conduziu a reunião na sede social do Olympico F.C. está planejando um evento
para em breve retomar a mobilização do projeto par atrair novos colaboradores e
reconquistar os que que se desmotivaram com o retrocesso vivido atualmente.
Infelizmente temos que
salientar que muito desta inércia e deste retrocesso vivido pela A.P.A.N. tem
um certo dedo do governo sem rumo, bastando registrar que o presidente da
entidade é o chefe da vigilância sanitária do município, cargo comissionado que
DEVERIA estabelecer um controle de zoonoses, porém o que se observa é a total
omissão deste setor em Bom Jesus chegando a sensação da quase inexistência.
E o vice-presidente é o
multi-facetado secretário de saúde que adora um chorinho, com este duplo
aparelhamento político da prefeita na A.P.A.N. fica óbvio identificar tanta
insatisfação por quem sempre lutou e foi determinante na criação deste nobre
projeto que está nas mãos das pessoas erradas.