quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A A.P.A.N. é de interesse público, está retrocedendo, quer reagir e pede passagem!

A Associação Protetora dos Animais do Noroeste surgiu como um dos grandes acontecimentos sociais em Bom Jesus do Itabapoana em tempos recentes, era o primeiro semestre de 2012, e o entusiasmo das pessoas envolvidas com a nobre iniciativa mobilizou a reboque grande parte de sociedade.

Vieram então a organização e a instituição da ONG com legitimidade jurídica para galgar saltos mais ousados, e eles chegaram muito perto ao viabilizar junto à FAPERJ R$ 40.000,00 para a construção da sede da entidade, faltando somente a obtenção da área para a construção do projeto.

Foi então que entrou em cena o período eleitoral e o interesse do poder público municipal em entrar na empreitada, tudo muito bem articulado tanto por governistas do executivo como no legislativo, e como de praxe a cessão da área no núcleo industrial da Nova Bom Jesus se tornou uma novela indigesta para os nobres voluntários e colaboradores da iniciativa.

Depois de muito esperar, e com a providencial colaboração do então secretário de saúde Paulo Guerra, o secretário de indústria, comércio, turismo e cultura decidiu ceder a área, a ONG celebrou sua nova diretoria, e não sei como foi que ele entrou no quadro diretor da entidade.
Depois disso a instituição reduziu suas atividades e a perspectiva de construção da sede vem diminuindo a cada dia com a desistência de muitos colaboradores insatisfeitos com a forma que o presidente vem conduzindo o projeto.

Até o presente momento absolutamente nenhum membro colaborador da A.P.A.N. sabe ao certo quais são os motivos que impedem a construção da sede da instituição estando o dinheiro depositado em conta e com a sessão do terreno consumada.

E nesta noite de quinta-feira (11/09) tive a honra de participar de uma reunião que certamente marcará a retomada da A.P.A.N. ao devido caminho, salientando que as principais articuladoras desta reunião foram os colaboradores Cláudio Azevedo (Colaborador voluntário), Walkiria Rodrigues (diretora social informal) e Valéria Saad (tesoureira da atual diretoria), cabendo registrar que as duas me relataram que estão tentando agendar esta reunião com o presidente a seis meses, sem lograr êxito.

E o que se viu na reunião no qual tive o prazer de participar diretamente foi que todos os colaboradores estão muito contrariados com os rumos da A.P.A.N. por diversos motivos, mas dois deles merecem destaque nesta matéria por vislumbrar uma grave situação ocorrida.

A crítica mais abordada na reunião foi a falta de aptidão do atual presidente da instituição ao diálogo e em compartilhar ideias e sugestões, todas as participantes da reunião que se manifestaram reclamaram da postura do dirigente em sempre impor suas decisões unilaterais sem abrir em momento algum uma janela de debates e discussões.

Outro ponto relatado pela tesoureira da instituição é de considerável gravidade e torna a relação entre os colaboradores e o presidente fragilizada, e com a confiança quebrada.
A tesoureira relatou que foi chamada pelo gerente do banco onde está depositado os recursos financiados pela FAPERJ para a construção da sede, e o mesmo informou que o presidente estaria utilizando recursos sem a assinatura da mesma, o que pode resultar em consequências desnecessárias.

Ela ao tomar ciência do fato ela determinou a suspensão da emissão de talão de cheques da entidade, e desde então o presidente tem evitado atende-la sem dar satisfação alguma onde ele teria aplicado esses recursos. 
Segundo ainda me relataram, elas têm a informação verbal que os recursos sacados sem a autorização da tesoureira teriam sido para custear uma cerca que fizeram no terreno da instituição.

Com este cenário de inércia, ausência de diálogo e total falta de transparência nas decisões motivou aos participantes da reunião a se mobilizarem para convocar uma assembleia extraordinária para decidir o futuro da entidade propondo uma nova diretoria com uma chapa formada somente por quem participou da reunião desta quinta-feira. O próximo passo do grupo será a solicitação do estatuto a instituição com os demais documentos referentes a situação contábil e jurídica.

Registre-se as presenças das personalidades políticas locais, o professor Cléverson Rufino e o amigo Paulo Guerra participaram da reunião apenas como colaboradores da A.P.A.N e mais uma vez se colocando a disposição da instituição sem condicionar qualquer demanda eleitoral.

Este mesmo grupo que organizou e conduziu a reunião na sede social do Olympico F.C. está planejando um evento para em breve retomar a mobilização do projeto par atrair novos colaboradores e reconquistar os que que se desmotivaram com o retrocesso vivido atualmente.

Infelizmente temos que salientar que muito desta inércia e deste retrocesso vivido pela A.P.A.N. tem um certo dedo do governo sem rumo, bastando registrar que o presidente da entidade é o chefe da vigilância sanitária do município, cargo comissionado que DEVERIA estabelecer um controle de zoonoses, porém o que se observa é a total omissão deste setor em Bom Jesus chegando a sensação da quase inexistência.

E o vice-presidente é o multi-facetado secretário de saúde que adora um chorinho, com este duplo aparelhamento político da prefeita na A.P.A.N. fica óbvio identificar tanta insatisfação por quem sempre lutou e foi determinante na criação deste nobre projeto que está nas mãos das pessoas erradas.