A primeira pesquisa de intensão
de votos para o segundo turno mostra o tucano com 54% e a petista com 46%
Assim como decidiu a Corrente
Socialista do Trabalhador, corrente interna do PSOL no qual faço parte, e assim
como decidiu a própria executiva nacional, eu como estou dirigente do partido
em Bom Jesus do Itabapoana também seguirei pela neutralidade pelo fato de ambas
as candidaturas apresentarem o mesmo modelo econômico que privilegia a poucos e
com a mesma maneira de articular as forças partidárias no congresso.
No entanto diferente do que
analisa o companheiro Marcelo Freixo, que declarou ser um retrocesso o retorno
do PSDB ao poder, eu particularmente me sinto na obrigação de levantar esta polêmica
neste debate analisando por outro espectro.
Se o PSOL já se declarou que
será oposição independente de qualquer que seja o vencedor, inclusive o próprio
Marcelo Freixo declarando que permanecerá na mesma postura combativa, penso que
para termos resultados mais expressivos no combate oposicionista a companhia do
PT na oposição será muito mais produtiva do que contar com o PSDB como partido
de oposição.
Um dos maiores retrocessos que
vivemos atualmente é justamente não termos um grande aliado oposicionista em
nossas lutas, desde sua criação o PSOL vem travando batalhas com nossa minúscula
bancada contra uma frouxidão irritante dos tucanos e seus agregados na
oposição.
Não podemos ter a ótica de que
a disputa política seja como uma partida de futebol que somente vale é ser
campeão, ainda mais no Brasil onde nem vice serve para absolutamente nada.
Na política o jogo da disputa
eleitoral apresenta resultados em todos os aspectos e nesta ótica é que devemos
apreciar que o pior de todos os retrocessos foi justamente a total falta de
aptidão do PSDB e do DEM em fazer uma oposição como fazia antes o PT.
Foram 12
anos de absolutismo petista que somente fere o estado democrático de direito,
sem contar com a salutar alternância de poder.
E no atual cenário com o tucano
com a tendência de virar o jogo em cima da hora, teremos um congresso mais
dividido, pois esta virada está se dando depois da terminado o primeiro turno
com todas as bancadas definidas, e a bancada petista se consolidou como a maior
de todas, o STF por ter em sua maioria membros indicados pelo PT será
inequivocamente independente nas mediações legais com o executivo federal.
Portanto mesmo declarando pela neutralidade e pelo voto nulo, e sendo contrário
aos dois modelos de candidaturas que aí estão, com os mesmos financiadores
inclusive, não considero o fim dos tempos se o tucanato retornar ao poder, vejo
dias melhores com uma oposição de fato combativa tendo em nossa companhia nas
lutas o PT que sempre soube fazer oposição como nenhum outro partido.