O rolo compressor da prefeita
mostrou suas garras vorazes no orçamento público municipal, estimado em mais de
R$ 100.000.000,00, para o exercício-eleitoral de 2016.
A corrida eleitoral deste ano
se tornou o centro de preocupação dos vereadores da base governista, que diante
do enorme desgaste com a opinião pública, eles têm se agarrado cada vez mais as
benesses públicas da prefeitura, que sempre são objeto de barganha política
entre executivo e legislativo.
Nas eleições de 2008 e 2012 o
eleitorado dos distritos de Bom Jesus do Itabapoana teve papel determinante no
resultado de ambas as eleições, para termos uma ideia, em 2008 Paulo Sergio
Cyrillo venceu na sede do município com uma vantagem de 1.920 votos, e quando
abriram as urnas dos distritos, sua concorrente diminuiu a diferença para
somente 51 votos.
O mesmo ocorreu nas eleições de
2012, que mesmo tendo cinco candidatos, o mapa eleitoral bom-jesuense se comportou
da mesma maneira da eleição anterior que teve duas candidaturas em disputa, com
Roberto Tatu vencendo na sede do município com uma vantagem de 1.800 votos, e
ao abrir as urnas dos distritos a prefeita venceu com apertada margem de 108
votos.
A mesma tendência ocorre na
eleição legislativa, bastando analisarmos que dos sete vereadores que votaram
pela manutenção do veto, SEIS tem forte capilaridade eleitoral nos distritos e
na zona rural.
A sociedade politizada que
está disposta em aprofundar nos debates pela mudança de rumo em nossa
administração pública, deve prioritariamente mirar nos cidadãos dos distritos sobre o papel do legislativo nesta crise administrativa/institucional que vivemos,
que neste ano estarão muito mais conectados na internet se comparado com 2012.
O que temos que alertar, questionar e debater com o
eleitorado dos distritos e da zona rural, é que esses seis vereadores têm como
características em comum as práticas clientelistas e assistencialistas, que de
tão arraigadas em nossa cultura político/administrativo, todos nós
testemunhamos diariamente tais atos a luz do dia como se fosse o supra sumo da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, Publicidade e Eficiência.
É fundamental que os distritos e a zona rural se mantenham elegendo seus representantes no Poder Legislativo, somente gostaríamos que estes fossem notabilizados pelo senso crítico com postura INDEPENDENTE.