Já estamos no dia 10 de junho
de 2014, e o executivo até o momento não se pronunciou sobre o reajuste
salarial para os servidores públicos municipais, e com o silêncio do governo,
os ânimos estão cada vez mais acirrados nos embates entre sindicato governo.
No
último sábado o presidente do Sindserv-BJI entrou em rota de colisão com o
líder do governo na câmara, Clério Tadeu.
E na sessão ordinária desta
segunda-feira (09/06) o líder governista tornou a abordar o tema da discussão
de sábado, e o presidente do sindicato mesmo na plateia não se conteve e partiu
para o embate com o líder do governo.
O que não tem como negar é que a câmara
continua blefando contra o governo, pois o executivo age como bem entende com o
legislativo.
Na aprovação do orçamento os
vereadores “amarraram” o executivo com uma margem de remanejamento orçamentário
de apenas 10%, e desde que derrubaram o veto da prefeita, os vereadores vem bravateando
na tribuna que se “a prefeita não ceder, ou negociar, eles seguram as
suplementações”.
Passados seis meses depois da
derrubada do veto, o governo aprovou toda sorte de suplementação, contratou uma
centena de servidores irregularmente, perseguiu e demitiu sumariamente dezenas
de servidores, só não promoveu um leilão predatório por iniciativa de Ricardo Aguiar
pelas vias judiciais, e o poder legislativo apenas fazendo papel figurativo no
cenário político/administrativo do município.
E para coroar a temporada de subserviências,
o poder legislativo nesta sessão de segunda-feira, aprovou a criação de uma
comissão interpartidária para abrir negociação com o executivo para o reajuste
salarial dos servidores.
Até aí não teria nada demais, porém o poder
legislativo de maneira autoritária e submisso ao executivo, adotou como
critério para a criação de comissão, as condições de não fazer parte o
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e qualquer vereador da oposição.
Eles nomearam três vereadores
da prefeita, e começarão a realizar o jogo de cena de que eles tem a capacidade
de “diálogo”, e sem a participação inconveniente da oposição e do sindicato,
eles em breve ilustrarão uma bela fotografia eleitoral anunciando o acordo do
reajuste salarial/eleitoral.