quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

H.S.V.P., o outro lado da moeda

Tema mais polêmico do ano, a crise em que passa nosso hospital tem mobilizado toda a sociedade em torno de muitas polêmicas e especulações onde muito tem se falado e pouco tem se ajudado ou proposto.



Ontem (21/12) fui recebido pelo Dr. Celso Ribeiro, novo diretor técnico do hospital para conversarmos um pouco sobre a situação e o que tem acontecido de fato sob a ótica da administração e compartilhamos das mesmas opiniões em diversos pontos.

Sobre a paralisação, ele entende a legalidade a legitimidade e o direito a reivindicação dos servidores, e lamenta que a situação tenha chegado a esse ponto, porém ele alerta também que muitos dos sindicalizados e membros do Centro Popular Pró-melhoramentos pressionam, protestam, mas jamais apresentam uma solução viável e prática para encontrar saídas para a crise, mas ressalta que houve avanços na atual gestão como a reativação da hemodiálise, a normalização do funcionamento do laboratório além da ampliação da UTI com a aquisição de novos leitos.

Concordamos também que a sociedade de fato está dividida nas opiniões e soluções e iniciativas, muito em virtude de ainda não ter sido realizada uma auditoria para se levantar os reais motivos dessa crise, pois ele entende que há responsáveis por essa crise com gestões em passado recente completamente amadoras e equivocadas.

Ele defende que é necessária a realização da auditoria, assim como o presidente também concorda, mas o elevado custo de uma auditoria abrangente e detalhada impede que a mesma seja realizada, segundo ele informa, uma auditoria nos moldes necessários para nosso hospital não fica por menos de R$ 80.000,00 podendo chegar a R$ 100.000,00.

Questionei a ele quanto à conduta da prefeita e do secretário de saúde frente a essa situação, e ele não economizou na crítica, visto que ele relata que por seis vezes eles procuraram a prefeita e o secretário, não para pedir auxilio ou ajuda, e sim cobrar que o executivo cumpra sua obrigação de custear o banco de sangue e a urgência e emergência que juntos geram uma despesa de aproximadamente R$ 200.000,00/mês e que é obrigação do município arcar com essas despesas, e que a secretaria de saúde não vem cumprindo com suas obrigações, ficando toda essa despesa por conta do hospital.

Finalizando, ele está convicto que o hospital é viável e que há soluções para a normalização do quadro administrativo e que o hospital não fechará como muitos pregam, e fica uma sugestão minha quanto a realização auditoria, onde todos querem que seja realizada, direciono essa sugestão a OAB, Lions, Rotary, Maçonaria e outras entidades para que se mobilizem e levante esses recursos para custear a auditoria e se encontrar responsáveis, que o Ministério Público acione os mesmos.