terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A banda podre absoluta da câmara

A sessão legislativa de 23 de janeiro de 2012 foi marcada por um festival de irresponsabilidade, fisiologismo e compadrio político da pior espécie, onde a hipocrisia de cinco vereadores junto à covardia e omissão de um ausente proporcionou um dos capítulos mais repugnantes de toda história política e administrativa de Bom Jesus do Itabapoana. Para que se entenda melhor o ocorrido, em dezembro de 2011 a câmara aprovou por unanimidade o orçamento 2012 contendo diversas emendas de quase todos os vereadores (aproximadamente R$ 10.000.000,00 em benefícios para a sociedade) e com uma margem de remanejamento orçamentária na ordem de 5% (R$ 3.100.000,00).
No entanto no dia 12 de janeiro de 2012 a prefeita Branca Motta vetou o orçamento votado retirando todas as emendas e aumentando a margem de remanejamento para 30% (R$ 18.500.000,00), essa margem de remanejando permite a prefeita utilizar esse montante como quiser sem o crivo do legislativo.




E coube aos vereadores aceitar ou rejeitar o veto da prefeita, foi então que se iniciou o festival de incoerências e interesses escusos, vejam bem, dos oito vereadores que aprovaram o orçamento em 2011, cinco mudaram de opinião de "deram uma banana" (no pior sentido da expressão) para toda a sociedade bomjesuense, deixando de lado o interesse coletivo em detrimento ao interesse de poder político. O argumento do executivo em vetar as emendas seria o fato do legislativo ter indicado que para essas emendas, seriam retirados recursos previamente destinados para o custeio, e não investimento.




É aí que fica a grande dúvida, se não há recursos de investimento disponíveis para as emendas na ordem de no máximo R$ 10.000.000,00 como haverá recursos para remanejamento orçamentário na ordem de R$ 18.500.000,00? A impressão que ficou é que os nefastos da prefeita votaram pela margem de 5% com o único objetivo de pressionar o executivo e aumentar seus cacifes eleitorais mediante ao enorme interesse da prefeita nessa margem de 30%, pois é exatamente assim que se faz política aqui, na base do toma lá da cá tão propagado no país afora e que nesse ano eleitoral teremos a grande oportunidade de alterar o curso dessa história.


Esse episódio de ontem vem reforçar o que já se havia constatado há meses, que essa é a pior legislatura de nossa história, onde somente três vereadores se comportam com independência e orientados pelo desejo popular, são eles, Marcos Baptista Valinho, Samuel Júnior Soares de Aguiar e Eraldo Salluto de Rezende, os demais são desprezíveis e nocivos a coisa pública.


A seguir farei uma série de publicações explicando os reais motivos que levam os seis membros da "banda podre absoluta" da câmara a defenderem os interesses da prefeita sempre deixando de lado o interesse do povo. Vale lembrar que esses são os mesmos que meses atrás tentaram arquivar a comissão processante que investigava diversas irregularidades na saúde e na licitação municipal.