quinta-feira, 19 de junho de 2014

Desenvolvimento municipal | Firjan divulga resultado do noroeste fluminense

E lamentavelmente Bom Jesus do Itabapoana aparece na parte de baixa da tabela

Conforme publicado no blog do intrépido Jailton da Penha, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a Firjan, divulgou a classificação do desenvolvimento municipal dos doze municípios do noroeste fluminense. 

Esta classificação tem como objetivo avaliar através de pesquisa como está o nível de qualidade de saúde, educação, emprego e renda de todos os municípios do país.

E Bom Jesus do Itabapoana aparece muito mal na foto, dos doze municípios do noroeste fluminense, estamos na OITAVA posição, dos noventa e dois município do estado estamos na 62ª posição, e em todo o país ocupamos a 2.460ª posição.

O resultado retrata de maneira inequívoca a total falta de rumo em que se encontra a administração pública de Bom Jesus do Itabapoana tanto na esfera executiva como na legislativa.

De nada adiantou todos os protestos, denúncias e articulações para tentarmos fazer com que o poder legislativo dentro de sua prerrogativa fiscalizadora freasse os desmandos da gestão pública do poder executivo.

Foram dezenas de oportunidades desperdiçadas pela maioria da câmara em nome dos acordos espúrios alinhavados entre a cúpula do executivo e a bancada governista na câmara.

Desde janeiro de 2013 que os vereadores Ricardo Aguiar, Moacir Oliveira e Celso Rezende vem desfilando um vasto repertório de denúncias e protestos na plenária, e a maioria da casa sempre jogou toda a sujeira par debaixo do tapete. 

Os fatores que levaram a este resultado são simples de apontar; na saúde tivemos o relatório da CEI dos medicamentos que apesar das gravíssimas denúncias relatadas por Celso Rezende, essas representam somente a ponta do iceberg da podridão administrativa de Bom Jesus, e os senhores governistas legislativos deram um jeito de arquivar na hora do pedido de cassação. 

Também contribui decisivamente para crise de saúde pública que vivemos o nefasto contrato entre prefeitura e Top Mak, que apesar de sugar quase R$ 400.000,00 todos os meses, Bom Jesus do Itabapoana permanece imunda e insalubre. 
Sobre este fato, o mesmo Celso Rezende também relatou os esquemas de corrupção neste contrato, e os governistas da farra pública mandaram a podridão para suas gavetas

Na educação tivemos neste blog uma série de reportagens de abordavam problemas gerenciais nas escolas, obras inacabadas paradas e inauguradas, além das famigeradas perseguições políticas, aliada à desvalorização dos profissionais do setor.

No comércio a estagnação está diretamente ligada aos esquemas de licitações viciadas com as empresas de Campos dos Goytacazes e os "santos superfaturadores" da prefeita, que juntos absorveram 74% do que a prefeitura comprava em todo o comércio local em bens permanentes e materiais de consumo. 
Em março de 2013 eu levei ao conhecimento da câmara todos esses esquemas, e a maioria absoluta votou pela rejeição de minha denuncia.

Além é claro os esquemas absurdos nas aquisições de peças para os veículos da prefeitura. 
Que apesar da contundente denuncia apresentada pelo presidente do sindicato, a compra de um diferencial de caminhão por R$ 20.000,00 não foi o suficiente para a câmara apurar a fundo.

Sobre o quesito industria, para encontrarmos os motivos desta classificação vergonhosa, bastamos recordar das dezenas de reportagens/denúncias publicadas aqui sobre os desmandos na gestão do Núcleo Industrial de Santa Isabel, no qual as negociatas desenfreadas espantam investidores sérios e factíveis dando lugar a distribuição política de terrenos e projetos mirabolantes e surreais.
Junte-se a esses fatores, a inexistente infraestrutura do núcleo industrial que não conta com saneamento e calçamento na maioria das vias;

Agora não adianta apelar à Deus que a fatura será apresentada, e o preço a ser pago será bastante salgado.

Esta classificação vexatória da pesquisa de desenvolvimento dos municípios da Firjan é uma singela homenagem aos vereadores governistas que pautaram seus mandatos pela omissão e conivência como bem disse Ricardo Aguiar recentemente.