sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Lava Jato | Aos contrariados da hora o foco está no próximo presidente da Câmara dos Deputados

Todas as fichas da oposição serão apostadas na eleição de Eduardo Cunha para assumir o comando da casa dos deputados federais

Desde o segundo turno das eleições de 2014 que a onda de insatisfação com a situação política nacional vem aumentando em todo país com manifestações com sua legitimidade democrática pedindo o impeachment da presidente Dilma por conta das revelações escandalosas da operação Lava Jato da Polícia Federal, por outro lado temos um grupo minoritário que compromete de morte com o movimento ao reivindicar a volta dos militares ao poder.

Quanto às viúvas da ditadura lamento em informar que nem os próprios militares tem interesse em retomar o poder, eles sabem que em tempos de comunicação global em massa e com o volume de investimentos externos consolidados no país não dariam a eles o mesmo controle de poder que eles tiveram entre 64 e 85.
Entretanto a cassação da presidente Dilma está muito mais próxima da realidade do que se imagina, conforme já alertado neste mesmo blog. 
Se a Câmara dos Deputados alçar Eduardo Cunha à presidência da casa, não tenham dúvidas que uma nova CPI da Petrobrás virá com uma força avassaladora contra o PT.
Eduardo Cunha é um dos “políticos de mercado” mais influentes do cenário nacional, e ele concentra seu lobby político no congresso sempre em defesa dos interesses das empresas de telecomunicações, tanto que no debate sobre a regulação do marco civil da internet ele defendeu com unhas e dentes a quebra da neutralidade da rede que beneficiaria diretamente as operadoras, na ocasião ele saiu-se perdedor.

As operadoras ainda nutrem profunda contrariedade com o governo petista desde quando Lula derrubou a Lei de Outorgas para beneficiar a compra de Brasil Telecom pela Oi que trouxe à tona o escândalo da Gamecorp, uma lan house de Fabio Luiz (filho de Lula) que foi adquirida pela Oi por mais de R$ 5.000.000,00 na véspera da transação com a Brasil Telecom.
Em entrevista recente Cunha já adiantou que as duas CPI’s que tramitavam no congresso sobre os desvios na Petrobrás tenderiam ao arquivamento, que para de fato um processo político no congresso pata ter efeito prático havia a necessidade da instauração de um nova CPI com os fatos que vieram à tona com as CPI's anteriores em andamento.

Para agravar o quadro de antipatia de Cunha com o governo Dilma, temos o convite feito pela presidente à Anthony Garotinho para assumir a vice-presidência do Banco do Brasil, e como todos aqui no estado do Rio de Janeiro sabem, Garotinho e Eduardo Cunha são inimigos de morte.
Eduardo Cunha já tem o aval do PMDB de maneira unânime para se candidatar à presidência da Câmara dos Deputados, o vice-presidente de Dilma Roussef é do PMDB de Eduardo Cunha e se a presidência cair em seu colo fique certo que ele não ficará solidário com os petistas.