quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Polícia Federal investiga obra de esgotamento sanitário do bairro Lia Márcia

Tudo aquilo que os vereadores da base governista se negaram a apurar, se tornou caso de polícia somente com o envio das reportagens para o site do MPF

A obra do esgotamento sanitário do bairro Lia Márcia teve seu início entre o final de setembro e início de outubro de 2013, e como a mesma já havia proporcionado diversas polêmicas desde as discussões do projeto, todos estávamos alertados que quando iniciada, os desvios seriam inevitáveis pelo cenário desenrolado a partir do processo licitatório da grande obra do PAC 2.

E bastou pouco mais de quarenta dias de execução da obra para se verificar diversos descumprimentos legais e de execução do projeto, além da indisposição do poder executivo e sua base governista no poder legislativo para discutir e esclarecer todos os pontos questionados no final de novembro de 2013.

No dia 05 de dezembro de 2013 foi protocolado na câmara um requerimento solicitando a realização de uma audiência pública com participação dos moradores do bairro afetado, os vereadores, representantes técnicos da empresa contratada e representantes do poder executivo responsáveis pela fiscalização e acompanhamento da obra.
O requerimento sequer foi lido na íntegra na sessão em que foi protocolado e muito menos submetido a discussão e votação a plenária, e no mesmo dia compareceu na câmara um certo “doutor Frish” (Engenheiro da FUNASA) que chegou muito bem treinado para desqualificar o requerimento protocolado e defender a obra mesmo sem que ele tenha visitado a mesma, um verdadeiro deboche com os contribuintes.

Porém nesta mesma época o mesmo conteúdo relatado no requerimento foi enviado para a “sala de atendimento ao cidadão” no site do Ministério Público Federal somente com os links das reportagens publicadas até então, que foi suficiente para o Procurador da República, Doutor Cláudio Chequer, instaurar um procedimento de instrução para apurar aquilo que o poder legislativo sequer se interessou em discutir e votar, mesmo que pelo arquivamento.

Ao instaurar um procedimento de instrução, a procuradoria da república oficiou para manifestações iniciais o poder executivo e muito provavelmente a empresa responsável pela execução da obra acerca dos apontamentos levantados na reportagens que compuseram a representação popular, e de tão satisfeito com a manifestação da prefeita sobre os questionamentos veiculados neste portal de blogs, o procurador da república instaurou o INQUÉRITO CIVIL 1.30.004.000110/2013-70, e o enviou no dia 28 de abril de 2014 para a Delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes para apurar os indícios criminais existentes na condução deste projeto.

Tal informação foi possível obter ao enviar para o site do MPF no dia 27 de novembro de 2014 a reportagem relatando os prejuízos públicos e privados causados pela empresa Deiferson na execução desta obra (Clique aqui e relembre), tal reportagem foi motivada pela polêmica gerada na tentativa da empresa citada em construir a estrutura que abrigaria a estação elevatória de esgoto em cima de uma calçada e ao lado de uma área que tem prevista a instalação de um complexo gastronômico.

E a reportagem relatando o fato acima foi encaminhada para a delegacia da PF em Campos dos Goytacazes para ser inserida a esse inquérito civil que tramita desde dezembro de 2013, caso seja de interesse da autoridade policial responsável pelas investigações do caso. 

Nesta reportagem a PF terá a oportunidade  por exemplo de assistir um vídeo em que uma máquina a serviço da empresa foi flagrada saindo de dentro da residência da prefeita no dia 1º de maio de 2014.

Cabe ainda salientar que a prefeita de maneira irresponsável e inconsequente chegou a asfaltar diversas ruas do bairro na véspera das eleições de 2014 para sanar os estragos causados pela empresa, mesmo ciente da investigação em andamento na Polícia Federal, haja visto que em setembro de 2014 já havia tempo o suficiente para ela ser notificada de um inquérito policial federal instaurado em abril de 2014.

Portanto, todas as declarações proferidas por ela na ocasião da paralisação da obra de asfaltamento na tentativa de responsabilizar o vereador Ricardo Aguiar e o blogueiro que vos escreve não passaram de um engodo enganador e mentiroso, bastando observar que neste momento das eleições esta obra já era CASO DE POLICIA, e da Polícia Federal.
Este Inquérito Civil é apenas mais um que o Ministério Público, seja o federal ou o estadual, desmascara a prefeita em um caso denunciado no legislativo e ignorado pelos vereadores da base governista, hoje vossas excelências já contam com um robusto corpo comprobatório que não deixam dúvidas acerca das condutas omissas de vocês, e fiquem certos que a hora de prestar contas com a justiça está chegando.