Inconsistências do veto assinado pela prefeita e o atropelo
do regimento interno da câmara pelo presidente deram o tom dos protestos nas
discussões
O vereador Luciano Nunes é um dos pretendentes à disputa pelo
poder executivo em 2016, segundo informam os especuladores políticos, porém sua
conduta frente ao legislativo trará sérios obstáculos políticos para suas
supostas pretensões, ele insiste em se posicionar de maneira subserviente ao
executivo e com isso seu desgaste é inevitável.
Nesta sessão extraordinária em que foi discutido e votado o
veto orçamentário da prefeita, tivemos nas discussões diversos destaques que
serão publicados assim que possíveis, e nesta publicação temos a participação
dos vereadores Paulo Roberto Pimentel e Celso Rezende.
O primeiro foi breve nas discussões, porém ele fez questão de
se manifestar que a prefeita mentiu ao afirmar que por diversas vezes este
legislativo aprovou margem de suplementação de 50%, ele como um dos vereadores
mais antigos da casa afirmou categoricamente que jamais foi aprovado tal
percentual, e fez questão de declarar voto contra o veto.
Já Celso Rezende fez um longo e substancioso discurso em
protesto aos atropelos legais cometidos tanto pelo executivo como pelo
legislativo na condução do processo orçamentário de 2015, ele lembrou com
destaque que o executivo não realizou a audiência pública e muito menos
comparecer na promovida pelo legislativo.
Na sequência do discurso ele chegou a ser contundente com o
presidente ao compara-lo a Renan Calheiros, presidente do congresso e notório
frequentador do noticiário político com seus escândalos e desvios, e por
diversas vezes este blog fez esta comparação pela maneira como ele conduz o
rolo compressor governista.
Assista no vídeo abaixo a participação de Paulo Pimentel e parte do discurso de Celso Rezende
Ele ainda destilou toda sua indignação contra o teor do texto
do documento assinado pela prefeita, que de tão inadequado o mesmo deveria ser
alvo de uma moção de repúdio contra a conduta desrespeitosa da prefeita com o
poder legislativo.
O resumo da ópera orçamentária apenas confirmar todas as
previsões aqui publicadas, principalmente pelos diversos alertas do presidente
do sindicato dos servidores públicos municipais que o governo estaria travando
a tramitação do projeto.
O resultado registra um governo autoritário, sem aptidão para
o diálogo e que não o menor compromisso com a postura pública e a liturgia do
cargo que lhe é exigida.