Obra da construção da Unidade Básica de Saúde conta com
empresa denunciada na imprensa desde 2011, suspeitas vão do valor ao número de
empregos gerados
Qualquer pessoa que tenha o mínimo conhecimento de
construções que observa esta obra fica perplexo com o valor indicado na placa,
trata-se de um absurdo tamanho descaramento em noticiar que o custo desta obra
toda pré-moldada ultrapassa os 1,3 milhões de reais, há quem diga que o que
está sendo feito não chegaria na metade deste valor.
Na tarde desta quinta-feira (15/01) tive e oportunidade de
visitar o interior da obra, e pude constatar algumas situações passíveis de
questionamento além do valor estratosférico.
Na mesma placa informa também que tal obra gera DEZOITO
empregos, no entanto pude verificar que haviam apenas sete operários
trabalhando na obra, além de outros três de uma empresa de transporte
especializado de materiais pesados, no entanto esses quatro empregos não são relacionados
aos EMPREGOS DIRETOS que indica a placa.
Ainda obtive a informação que haviam outros três servidores
que estavam trabalhando desde novembro de 2014 sem carteira assinada, inclusive
tive a oportunidade de conversar com um deles que me confirmou o fato. Depois
de repercutido a possibilidade no blog, a empresa dispensou os três que estavam
trabalhando sem registro.
Também chamou a atenção o fato da maioria dos sete servidores
que estavam trabalhando na obra estarem trajando uniforme da EMOP, e não da
empresa que consta na placa menor ao lado da placa do governo do estado.
A
Empresa de obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (EMOP) não executa obras,
ela fiscaliza e regulamenta critérios técnicos e valores de obras públicas,
executar obras, jamais!
Também cabe salientar que um dos operários que trabalha na
solda no alto da estrutura não estava com nenhum equipamento de segurança para
trabalhar na altura em que estava, ele somente contava com a máscara de solda e
pendurado no alto da estrutura metálica.
A maior suspeita inserida nesta obra está relacionada a
empresa contratada para a execução, e que não está executando mesma, a Metalúrgica Valença foi alvo de uma
reportagem no qual a revista Veja adjetiva a mesma como uma “empresa de fachada”
que estava construindo as UPP’s e unidades de saúde.
A empresa que é sediada em Barra do Piraí pertenceria a uma
pessoa próxima do atual governador Pezão, que foi prefeito da vizinha Piraí, e
pelo visto, com todos os contornos e suspeitas contidas nos apontamentos acima,
o esquema do governo do estado com esta empresa permanece de maneira mascarada.
O fato de haver uma placa com as informações oficiais da
Metalúrgica Valença como responsável pela execução da obra, e com operários
trajando uniforme da EMOP as suspeitas somente se acentuam.