Vereador Ricardo Aguiar havia recorrido ao Ministério Público
Federal para questionar os crônicos problemas de entregas de correspondências
Logo depois de ingressado com a representação no órgão
ministerial, a direção do Correios solicitou um espaço na câmara dos vereadores
para prestar os esclarecimentos sobre os problemas recorrentes, e na ocasião a
diretora da agência local afirmou categoricamente que o problema está no
cadastro imobiliário.
Ela também salientou que para os distritos, o Correios
estabeleceu um convênio com a prefeitura no qual custeia o valor de R$ 1.300,00
aproximadamente para garantir um entregador em cada distrito, porém no
inquérito instaurado no MPF chegou-se a conclusão que a prefeitura delega a
distribuição de correspondências nos distritos as agentes comunitárias de saúde
e alguns técnicos de enfermagem.
E os mesmos ainda informam que não recebem nenhuma
remuneração extra e que por muitas vezes a entrega não é realizada por estarem
sós nos PSF’s, sem poder deixa-los fechados. Se os agentes de saúde dos
distritos é que estão realizando as entregas de correspondências, quem então
está recebendo os valores repassados pelos Correios?
De todos os distritos levantados, somente Pirapetinga tem seu
entregador de correspondências específico para os Correios, e mesmo assim ele
esteve contratado pela empresa Top Mak nos anos de 2012 e 2013, e o mesmo ainda
é servidor efetivo do município desde os anos oitenta.
A conclusão que pode-se chegar no inquérito em andamento é
que os problemas relacionados a entrega de correspondências no município estão
localizados na prefeitura e não na agência dos Correios, sem contar com a
suspeita dos repasses do mesmo para a prefeitura estarem sendo desviados de sua
finalidade.