quarta-feira, 3 de junho de 2015

O fogo amigo assistencialista

O secretário de saúde ao tentar implantar o sistema descentralizado de agendamentos de consultas e exames, ele esperava pôr fim as filas constantes de pessoas na madrugada no PA, e como todos puderam constatar por diversas vezes que os gestores da secretaria de saúde não lograram êxito, infelizmente eles pioraram aquilo que já estava ruim demais.

No entanto, involuntariamente o secretário acabou resolvendo um outro problema, tão grave como as filas da madrugada. O secretário mirou nas filas e acertou nos ratos.

Os praticantes do assistencialismo político de Bom Jesus do Itabapoana estão enfurecidos com o secretario devido a impossibilidade deles praticarem o tráfico clientelista de consultas e exames tão corriqueiro nos corredores da secretaria de saúde, tanto que o clientelista-mor teve a audácia de se postar de opositor ao governo na sessão ordinária de 21 de maio de 2015 para criticar os “problemas” causados pelo novo sistema.

Veja no vídeo abaixo a postura "oposicionista" de Clério Tadeu

O secretário de saúde cutucou um vespeiro político em que nem mesmo com todo prestígio que ele conta com a prefeita se ele mantiver a rotina de dificuldades dos vereadores clientelistas ele fatalmente cairá do posto, foi assim com o amigo João da Saúde que organizou o setor sem prestigiar vereadores “a” ou “b”. 
Paulo Guerra teve sérios desgastes com a prefeita por frear o mercantilismo político de consultas e exames, sendo este um dos principais motivos de sua queda.

O sistema de agendamento e distribuição de consultas e exames no SUS de Bom Jesus do Itabapoana se tornou um vergonhoso balcão de negociatas políticas, é simples de constatar. 

O vereador que antes era oposição criticava o assistencialismo e raramente se fazia presente na secretaria de saúde, agora que ele caiu no colo do governo ele não sai da secretaria e dos PSF’s.

A situação chegou a tal absurdo que a prefeita para manter seus vereadores no cabresto da improbidade concede a esses amplos poderes no controle de exames e consultas, uma covardia com quem pena nas filas dos PSF’s e da secretaria diariamente. 

A coisa está tão fora de controle que se tem a nítida impressão que o Ministério Público nada pode fazer para frear com esta prática nefasta, mesmo com vereadores assumindo involuntariamente a prática repugnante do assistencialismo na secretaria de saúde.