segunda-feira, 22 de junho de 2015

Os reflexos da incondicional parceria política na segurança pública

Desde 2013 que venho alertando, questionando, denunciando e buscando levantar de maneira lúcida um debate para buscarmos soluções para a implantação de políticas públicas e urbanísticas com o intuito de colaborar na redução da criminalidade crescente em nossa cidade, muito pouco ou quase nada foi feito na prática e o quadro somente se agrava culminando no lamentável episódio envolvendo a prefeita e sua família.

Ironia cruel do destino:
Prefeita foi vítima da violência urbana na semana que visitou secretário de segurança do estado
Desde 2012 que o sistema de segurança pública do estado já dava sinais de colapso com a proliferação do crime na região norte e noroeste fluminense, a implantação das unidades de polícia pacificadora trouxe reflexos graves em dois aspectos, o primeiro com a migração de criminosos de comunidades ocupadas pelas forças policiais para o interior, e a segunda é o próprio estado e sua falta de estrutura para pôr em prática a política de pacificação.

Bom Jesus do Itabapoana que há muitos anos conta com reduzido contingente policial, desde 2014 que vem perdendo considerável número de policiais para reforçarem o policiamento em Macaé e até para darem expediente nas UPP’s na capital do estado, o cobertor está comprovadamente curto para este projeto de pacificação das favelas da capital do estado.

Parceria que rende obras paradas e precariedade policial
Por diversas vezes já testemunhei vereadores solicitado ao comando geral da PMERJ ou a comissão permanente de segurança pública da ALERJ o retorno de policiais bom-jesuenses que estão lotados nas unidades pacificadoras, e o poder executivo jamais se articulou ou sequer se manifestou da mesma forma.

Muito pior do que se omitir e negligenciar-se da situação dos policiais que querem voltar para Bom Jesus do Itabapoana, e vermos que a prefeita e seu grupo político apoiam incondicionalmente os rumos que Sérgio Cabral e Fernando Pezão levaram o estado do Rio de Janeiro.

A parceria política entre a prefeita e a cúpula do governo do estado somente lhe garantiu as liminares para se manter no poder, o município em si tem sido muito mais vitimado pelas mazelas e retrocessos da gestão do estado do que qualquer benefício que mereça destaque.