Desde 2013 que venho alertando, questionando, denunciando e
buscando levantar de maneira lúcida um debate para buscarmos soluções para a
implantação de políticas públicas e urbanísticas com o intuito de colaborar na
redução da criminalidade crescente em nossa cidade, muito pouco ou quase nada
foi feito na prática e o quadro somente se agrava culminando no lamentável
episódio envolvendo a prefeita e sua família.
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Ironia cruel do destino: Prefeita foi vítima da violência urbana na semana que visitou secretário de segurança do estado |
Desde 2012 que o sistema de segurança pública do estado já
dava sinais de colapso com a proliferação do crime na região norte e noroeste
fluminense, a implantação das unidades de polícia pacificadora trouxe reflexos
graves em dois aspectos, o primeiro com a migração de criminosos de comunidades
ocupadas pelas forças policiais para o interior, e a segunda é o próprio estado
e sua falta de estrutura para pôr em prática a política de pacificação.
Bom Jesus do Itabapoana que há muitos anos conta com reduzido
contingente policial, desde 2014 que vem perdendo considerável número de policiais
para reforçarem o policiamento em Macaé e até para darem expediente nas UPP’s
na capital do estado, o cobertor está comprovadamente curto para este projeto de
pacificação das favelas da capital do estado.
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Parceria que rende obras paradas e precariedade policial |
Por diversas vezes já testemunhei vereadores solicitado ao
comando geral da PMERJ ou a comissão permanente de segurança pública da ALERJ o
retorno de policiais bom-jesuenses que estão lotados nas unidades
pacificadoras, e o poder executivo jamais se articulou ou sequer se manifestou
da mesma forma.
Muito pior do que se omitir e negligenciar-se da situação dos
policiais que querem voltar para Bom Jesus do Itabapoana, e vermos que a
prefeita e seu grupo político apoiam incondicionalmente os rumos que Sérgio
Cabral e Fernando Pezão levaram o estado do Rio de Janeiro.
A parceria política entre a prefeita e a cúpula do governo do
estado somente lhe garantiu as liminares para se manter no poder, o município
em si tem sido muito mais vitimado pelas mazelas e retrocessos da gestão do
estado do que qualquer benefício que mereça destaque.