quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Financiamento empresarial de campanhas | Ministro Gilmar Mendes parece julgar outra ação

O tema em debate é o fim do financiamento empresarial em campanhas eleitorais, porém na leitura de seu voto, o Ministro Gilmar Mendes abriu sua metralhadora contra o partido dos Trabalhadores, porém ele não está julgando o ADIN 4650 sobre o financiamento empresarial, ele julga os desdobramentos veiculados pela mídia da Operação Lava Jato e obre as irregularidades nas contas de campanha da presidente Dilma Roussef.

Seu poder de encenação e interpretação é tamanho, que ele consegue afundar no mar lama as doações recebidas pelo partido e ao mesmo tempo defende a manutenção dos financiamentos que alimentaram este mesmo lamaçal que ele condena.

Em muitos momentos da leitura de seu voto, fica a nítida impressão que o autor da Ação Direta de Inconstitucionalidade teria sido proposta pelo PT e não pela OAB com o respaldo da CNBB, ele a todo momento tripudia do partido por este agora se posicionar contra o financiamento empresarial, em momento algum ele rebateu ou debateu dentro da fundamentação peticionada pelo Conselho Jurídico da OAB.

Ele está avançando tanto na tendenciosidade que o Ministro Marco Aurélio de Mello já se impacienta e começar a questionar determinadas posições de Mendes. O Ministro estava tão exaltado em sua tese, que no momento em que o presidente do STF, Ministro Ricardo Levandowisk deu a palavra para o representante da OAB, Mendes contrariado com a abertura do contraditório abandonou a sessão de julgamento.

No vídeo abaixo temos um pequeno trecho da leitura de seu voto pela defesa do financiamento empresarial de campanhas eleitorais.