A crítica política do momento
contra a presidente Dilma Roussef se concentra no loteamento político de sete
ministérios entregues ao PMDB, tal negociação se deu para segurar o ímpeto dos
deputados peemedebistas na aprovação do pedido de impeachment que está para ser
submetido à plenária da Câmara dos Deputados.
Situação semelhante vive
nossa prefeita Branca Motta, para quem não sabe ou se esqueceu, ainda temos na
Câmara de Vereadores um pedido de impeachment contra a chefa do executivo,
tratando-se do pedido de instauração da Comissão Processante das obras públicas
denunciada pelo cidadão José Geraldo Aguiar.
O relatório preliminar já foi
lido com o pedido de arquivamento da denúncia, porém o mesmo não foi votado,
ainda!
Os vereadores que compõe esta
comissão processante são todos da base governista, o presidente Clério Tadeu, o
relator Carlos Ney e o vogal Moapizza Almeida se negaram a investigar as
gravíssimas denúncias em diversas obras públicas para somente acatarem a defesa
feita pelo jurídico da prefeita, tratou-se tão somente de uma investigação
dentro do gabinete da chefa.
Porque então os vereadores
ainda não votaram o relatório preliminar? Importante salientar que mesmo com o
mesmo sugerindo pelo arquivamento, cabe somente a plenária a decisão de
prossegue ou não com o processo de cassação da prefeita Branca Motta.
O que me chega de informação sobre
as relações entre a prefeita e seus vereadores é que a situação é de extremo
conflito, de interesses e tensões, ao passo que tanto a prefeita como boa parte
de sua base, estão acossados por ações judiciais que estão para ceifarem seus
mandatos, o TCE-RJ vem pressionando cada vez mais pela regularização do
excessivo número de contratados, com isso o clima de chantagem mútua domina
esses bastidores.
A prefeita recebe a pressão
da legalidade pelo número escandaloso de contratados, e do outro lado, os
vorazes de sua base parlamentar a pressionam para manter os contratados, há
quem diga que juntos, os vereadores da prefeita contam com mais de 300
contratados e terceirizados no cabide da improbidade.
Recentemente o vereador
Waldeir Chrisostomo nos apresentou uma mudança de postura que sem dúvidas está
relacionada ao descontentamento da maneira como a prefeita lida com seus
vereadores, e ele pela primeira vez protestou com contundência contra o caos estabelecido
no bairro Lia Márcia, inclusive me chamou a atenção ele citando o nome da
empresa Deiferson por diversas vezes no mesmo pronunciamento, algo muito
semelhante com um recado enviado da tribuna para a residência da prefeita.
O grande perdedor deste jogo
chantagista de poder sem dúvidas que é o contribuinte bom-jesuense, os
vereadores em sua maioria absoluta na câmara sustentam toda sorte de esquemas
escusos que prevalecem nas relações do poder público municipal, sempre gerando
enormes prejuízos aos interesses coletivos em nome de uma governabilidade que
afunda com todos que estão fora do barco governista.