segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Eleições BJI 2016 | Relações públicas e privadas que comprometem a credibilidade da Rádio Bom Jesus AM

As relações que diretor da emissora com o governo Branca Motta impedem completamente que houvesse qualquer possibilidade de isenção total no debate de semana passada



A produção do debate fugiu completamente dos temas indiscutivelmente relevantes e extremamente espinhosos para o governo, a temática do debate foi totalmente desprovida de senso crítico, e com as questões locais devidamente amenizadas com o discurso do “assim como em todo País...”, tudo que representam as mazelas públicas foram tratadas de maneira equivocadamente genérica.

Faltou abordar, ou colocar o dedo na ferida:

Sobre o drama vivido pelo funcionalismo público municipal

As questões relacionadas ao saneamento deveriam abordar diretamente sobre a conduta omissa do município sobre o escândalo do saneamento insanável do bairro Lia Márcia, dos escândalos do SAAE em suas estações, do Plano Municipal de Saneamento Básico que jamais sai do papel, do colapso de abastecimento de água, da tubulação do cancerígeno amianto.


Do crescimento desordenado que assoreia brutalmente o rio Itabapoana, com loteamentos sendo aprovados pela prefeitura sem nenhuma infraestrutura.

Sobre a escalada galopante do descontrole dos gastos públicos, sobre a limpeza urbana a qual já pagamos até o mês de agosto de 2016 a fortuna de R$ 3.196.977,85 a empresa Top Mak, para deixar as vias públicas em estado calamitoso e insalubre.

Sobre a desorganização das unidades de atenção básica de saúde onde se tornou rotina o extravio de documentos e requisições dos usuários.

 Sobre o concurso público, o excessivo número de contratados que supera em mais de 300 do número de vagas contidas no edital, enfim, temos uma infinidade de temas nevrálgicos exclusivamente de nosso cotidiano e todos eles foram ignorados do debate.

O motivo de toda esta temática espinhosa se encontra na figura do diretor da Rádio Bom Jesus, que vem a ocupar, sem trabalhar diga-se de passagem, o cargo de Chefe da Coordenadoria de Assuntos Especiais do Gabinete da Prefeita, o famosa ASPONE (Assessor de Porcaria Nenhuma), e ele ainda fatura um extra nos eventos oficiais como cerimonialista.

Com esta teta farta da cidade-mãe-tão-distraída-que-está-sendo-subtraída-em-tenebrosas-transações, vocês acreditam que o diretor-da-rádio-lotado-no-gabinete-da-prefeita iria permitir esta pauta espinhosa elencada acima? Jamét-Salomé!