As relações que diretor da
emissora com o governo Branca Motta impedem completamente que houvesse qualquer
possibilidade de isenção total no debate de semana passada
A produção do debate fugiu
completamente dos temas indiscutivelmente relevantes e extremamente espinhosos
para o governo, a temática do debate foi totalmente desprovida de senso
crítico, e com as questões locais devidamente amenizadas com o discurso do “assim
como em todo País...”, tudo que representam as mazelas públicas foram tratadas
de maneira equivocadamente genérica.
Faltou abordar, ou colocar o dedo
na ferida:
Sobre o drama vivido pelo funcionalismo
público municipal
As questões relacionadas ao
saneamento deveriam abordar diretamente sobre a conduta omissa do município
sobre o escândalo do saneamento insanável do bairro Lia Márcia, dos escândalos
do SAAE em suas estações, do Plano Municipal de Saneamento Básico que jamais sai do papel, do colapso
de abastecimento de água, da tubulação do cancerígeno amianto.
Do crescimento desordenado que
assoreia brutalmente o rio Itabapoana, com loteamentos sendo aprovados pela
prefeitura sem nenhuma infraestrutura.
Sobre a escalada galopante do
descontrole dos gastos públicos, sobre a limpeza urbana a qual já pagamos até o
mês de agosto de 2016 a fortuna de R$ 3.196.977,85 a empresa Top Mak, para
deixar as vias públicas em estado calamitoso e insalubre.
Sobre a desorganização das
unidades de atenção básica de saúde onde se tornou rotina o extravio de documentos
e requisições dos usuários.
Sobre o concurso público, o excessivo
número de contratados que supera em mais de 300 do número de vagas contidas no
edital, enfim, temos uma infinidade de temas nevrálgicos exclusivamente de
nosso cotidiano e todos eles foram ignorados do debate.
O motivo de toda esta temática espinhosa se encontra na figura do diretor da Rádio Bom Jesus, que vem a ocupar, sem trabalhar diga-se de passagem, o cargo de Chefe da Coordenadoria de Assuntos Especiais do Gabinete da Prefeita, o famosa ASPONE (Assessor de Porcaria Nenhuma), e ele ainda fatura um extra nos eventos oficiais como cerimonialista.
Com esta teta farta da cidade-mãe-tão-distraída-que-está-sendo-subtraída-em-tenebrosas-transações,
vocês acreditam que o diretor-da-rádio-lotado-no-gabinete-da-prefeita iria
permitir esta pauta espinhosa elencada acima? Jamét-Salomé!