domingo, 22 de junho de 2014

Eleições 2014 | Slogan de campanha contraditório

Em 2002 o PT para ganhar as eleições adotou duas medidas para amenizar a rejeição em alguns setores da sociedade, a primeira no início da campanha foi o lançamento do slogan eleitoral que dizia que “A esperança vai vencer o medo”. 

Tal sacada veio por necessidade em sepultar a sugestão reacionária de José Dirceu em 2001 em suspender o pagamento da dívida externa, e dos juros da dívida interna.

O sistema financeiro se descontrolou com a real possibilidade de vitória do PT, e as coisas somente se acalmaram quando o líder supremo assinou e publicou a “Carta ao povo brasileiro”, mas que na verdade a carta foi mesmo endereçada ao povo do sistema financeiro.

E agora o PT irá adotar um slogan semelhante para reeleger o poste que não sabe falar, mantendo a esperança, mas sem medo algum, o slogan “A esperança vai vencer o ódio” entra de maneira oportunista na carona das “ofensas” proferidas para a presidenta na abertura da copa.

Mas se hoje os embates políticos nas ruas, nas arquibancadas e nas redes sociais estão eivadas de ódio, muito temos que creditar ao líder supremo, que desde que assumiu o governo em 2003, tratou logo de criar uma batalha de classes, instigando o ódio entre os pobres e os ricos. Para os pobres deu esmola e muita bravata, para o andar de cima, abriu as pernas.

Quem não se lembra do presidente da república que abandonou o governo para disseminar o ódio pelos palanques nas eleições de 2010? Quem mesmo teria sugerido em “extirpar” um partido da oposição? Quem teria caído a campo para não só eleger o poste, mas principalmente para atacar de maneira visceral seus parlamentares oposicionistas? 
Procurem nos anais da história as declarações do sapo-de-briga sobre o ex-senador Arthur Virgílio.

Acontece que o slogan utilizado pelo PT nessas eleições tem sentido completamente inverso se comparado a 2002. 
O medo no qual se referia o PT naquela época, era o medo que o mercado e o sistema financeiro sentia do PT, agora o sistema financeiro sente alívio e as bolsas disparam a cada ponto percentual que cai nas intenções de votos da presidenta.