quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Limpeza urbana | A roubalheira da Top Mak retratada no abandono da cidade

Na década de “90” qualquer visitante que chegava em Bom Jesus do Itabapoana se impressionava com o zelo e a limpeza das ruas, vias e praças da cidade seja em qual bairro este visitante passasse, era de fato impressionante como Carlos Garcia e Álvaro Moreira eram exigentes neste quesito da gestão pública.

Era um tempo em que nossos governos já agiam na defesa do meio ambiente muito antes de se propagar sobre meio ambiente como se faz hoje em dia, em 1995 Álvaro Moreira extinguiu com o lixão da estrada do “Arrebenta Rabicho” construindo em Santa Isabel a Unidade de Tratamento de Lixo.

Os gestores que o atual governo insiste em taxar de retrógrados e conservadores faziam do lixo da cidade se transformar em adubo para alimentar a horta municipal da Nova Bom Jesus que abastecia as escolas municipais, e gerava emprego e renda para mais de cinquenta famílias desta comunidade.

O relato acima é apenas história de que um dia Bom Jesus do Itabapoana esteve na vanguarda ambiental, hoje o que temos é a deterioração moral na gestão pública que proporciona a deterioração física de nossas ruas, desde que foi inaugurada a era dos esquemas de corrupção na coleta de lixo que Bom Jesus do Itabapoana se transformou em um lixo.

Não há um ponto sequer do município que não haja acúmulo de lixo, as ruas da sede do município estão entregues à ineficiência do atual governo em manter uma cidade minimamente salubre, e os valores pagos a empresa Top Mak permanecem nos estratosféricos R$ 370.000,00 todos os meses. 
A situação chegou a tal ponto que o governista Waldeir Chrisostomo teve aprovado um requerimento no qual solicita ao executivo a remoção de entulhos e limpeza "das ruas da cidade", ele generalizou a situação extensivo a toda cidade.

Como bem alertou o vereador Ricardo Aguiar, o que causa estranheza é que em todos os meses os valores pagos pela empresa são exatamente iguais e sempre em três cheques diferentes, ficando assim a suspeita que um cheque é para de fato ir para a contabilidade da empresa, e os outros dois seriam um da chefa e de seu marido, e o terceiro seria a partilha feita entre alguns vereadores da base governista, mais conhecido como o “Mensalinho da Top Mak”.

Em Pirapetinga temos um exemplo clássico de como se rouba neste contrato, conforme foi debatido na sessão legislativa passada, os vereadores Ricardo Aguiar e Moacir Oliveira questionaram ao governista de Pirapetinga Hamilton Borges se o trator da coleta de lixo havia sido consertado, e Borges havia dito que não, e por conta disso a coleta de lixo deste distrito estaria comprometida.

Pois bem senhores, vejam o esquema se aflorando neste debate, cabe registrar que o trator da coleta de lixo de Pirapetinga é da prefeitura assim como os servidores que realizam a mesma são do quadro efetivo do município.
Se é de obrigação da Top Mak em realizar o serviço de coleta de lixo e limpeza urbana na sede do município e nos distritos, como pode a coleta de Pirapetinga estar comprometida por conta do equipamento da prefeitura estar danificado? 

Se vocês observarem nos boletins de medição da Top Mak todos constatarão os relatórios dos serviços “prestados” pela empresa neste distrito, porém que presta o serviço é a própria prefeitura, que além de pagar com o salário e os encargos patronais desses servidores, ainda tem a despesa com a Top Mak como se ela tivesse feito o serviço.

Em quase toda a coleta de lixo de Bom Jesus do Itabapoana, nós os babacas contribuintes de Bom Jesus do Itabapoana estamos pagando todos e meses passivamente por duas vezes por um serviço muito mal executado.

Todos estão expostos às mazelas ocasionadas pelo descaso com a limpeza urbana da cidade, até mesmo aqueles que defendem o governo com unhas e dentes estão vulneráveis a uma dengue ou qualquer outro problema vindo da situação insalubre de nossas ruas, e os valores pagos a uma empresa que não existe é um assalto nefasto em nossos cofres públicos que tinge a todos, até mesmo os que tanto aplaudem a roubalheira.