Na década de “90” qualquer visitante que chegava em Bom Jesus
do Itabapoana se impressionava com o zelo e a limpeza das ruas, vias e praças
da cidade seja em qual bairro este visitante passasse, era de fato
impressionante como Carlos Garcia e Álvaro Moreira eram exigentes neste quesito
da gestão pública.
Era um tempo em que nossos governos já agiam na defesa do
meio ambiente muito antes de se propagar sobre meio ambiente como se faz hoje
em dia, em 1995 Álvaro Moreira extinguiu com o lixão da estrada do “Arrebenta
Rabicho” construindo em Santa Isabel a Unidade de Tratamento de Lixo.
Os gestores que o atual governo insiste em taxar de
retrógrados e conservadores faziam do lixo da cidade se transformar em adubo
para alimentar a horta municipal da Nova Bom Jesus que abastecia as escolas
municipais, e gerava emprego e renda para mais de cinquenta famílias desta
comunidade.
O relato acima é apenas história de que um dia Bom Jesus do
Itabapoana esteve na vanguarda ambiental, hoje o que temos é a deterioração
moral na gestão pública que proporciona a deterioração física de nossas ruas, desde
que foi inaugurada a era dos esquemas de corrupção na coleta de lixo que Bom
Jesus do Itabapoana se transformou em um lixo.
Não há um ponto sequer do município que não haja acúmulo de
lixo, as ruas da sede do município estão entregues à ineficiência do atual
governo em manter uma cidade minimamente salubre, e os valores pagos a empresa
Top Mak permanecem nos estratosféricos R$ 370.000,00 todos os meses.
A situação chegou a tal ponto que o governista Waldeir Chrisostomo teve aprovado um requerimento no qual solicita ao executivo a remoção de entulhos e limpeza "das ruas da cidade", ele generalizou a situação extensivo a toda cidade.
Como bem alertou o vereador Ricardo Aguiar, o que causa
estranheza é que em todos os meses os valores pagos pela empresa são exatamente
iguais e sempre em três cheques diferentes, ficando assim a suspeita que um
cheque é para de fato ir para a contabilidade da empresa, e os outros dois
seriam um da chefa e de seu marido, e o terceiro seria a partilha feita entre
alguns vereadores da base governista, mais conhecido como o “Mensalinho da Top
Mak”.
Em Pirapetinga temos um exemplo clássico de como se rouba
neste contrato, conforme foi debatido na sessão legislativa passada, os
vereadores Ricardo Aguiar e Moacir Oliveira questionaram ao governista de
Pirapetinga Hamilton Borges se o trator da coleta de lixo havia sido
consertado, e Borges havia dito que não, e por conta disso a coleta de lixo
deste distrito estaria comprometida.
Pois bem senhores, vejam o esquema se aflorando neste debate,
cabe registrar que o trator da coleta de lixo de Pirapetinga é da prefeitura
assim como os servidores que realizam a mesma são do quadro efetivo do
município.
Se é de obrigação da Top Mak em realizar o serviço de coleta
de lixo e limpeza urbana na sede do município e nos distritos, como pode a
coleta de Pirapetinga estar comprometida por conta do equipamento da prefeitura
estar danificado?
Se vocês observarem nos boletins de medição da Top Mak todos
constatarão os relatórios dos serviços “prestados” pela empresa neste distrito,
porém que presta o serviço é a própria prefeitura, que além de pagar com o salário
e os encargos patronais desses servidores, ainda tem a despesa com a Top Mak
como se ela tivesse feito o serviço.
Em quase toda a coleta de lixo de Bom Jesus do Itabapoana,
nós os babacas contribuintes de Bom Jesus do Itabapoana estamos pagando todos e
meses passivamente por duas vezes por um serviço muito mal executado.
Todos estão expostos às mazelas ocasionadas pelo descaso com
a limpeza urbana da cidade, até mesmo aqueles que defendem o governo com unhas
e dentes estão vulneráveis a uma dengue ou qualquer outro problema vindo da situação
insalubre de nossas ruas, e os valores pagos a uma empresa que não existe é um assalto
nefasto em nossos cofres públicos que tinge a todos, até mesmo os que tanto
aplaudem a roubalheira.