Senador destaca que, no governo, o PT agradou as empreiteiras
e fortaleceu os bancos
A notícia de que a defesa do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró entrou com ação na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, transferindo para a presidente Dilma Roussef a responsabilidade pela compra da Refinaria de Pasadena causou perplexidade ao senador Pedro Simon (PMDB-RS).
Simon lembrou que Dilma Rousseff era na ocasião presidente do
Conselho de Administração da Petrobras e ministra de Minas e Energia.
- Uma notícia dessas correndo o mundo, como fica a Petrobras?
Como ficamos nós, brasileiros? Mostra a que grau o entendimento, o
relacionamento, o diálogo estão neste momento.
Eu diria: que grau de alucinação
e de angústia há neste momento nas lides governamentais. Cerveró entra com ação
no Conselho de Ética contra a presidente da República. 'A responsabilidade é
dela. Ela era a presidente, ela era a presidente do conselho' - disse o
senador.
Pedro Simon disse que é de se admirar as notícias segundo as
quais a Polícia Federal teria encontrado indícios de que pagamentos de propinas
continuam sendo feitas até hoje na estatal.
O senador diz esperar que Dilma "cumpra sua promessa de
campanha de avançar nesse quesito, sobretudo no que diz respeito ao diálogo
permanente com a juventude, os sem-terra e os sem-teto, os povos indígenas e os
quilombolas."
E lembra que, no governo, o PT robusteceu o mercado
financeiro e deu passos tímidos na reforma agrária; agradou as empreiteiras e
pouco fez pelos atingidos por barragens; respaldou o agronegócio e aprovou um
Código Florestal aplaudido por quem desmata e agride o meio ambiente.
Moreira Mariz/Agência Senado
Assessoria de Imprensa
18/11/2014