Informações e documentos publicados pelo secretário interino
de Industria, Comércio, Turismo e Cultura alimentam suspeitas com a contradição
das afirmativas
Ele que é formado em direito deveria saber que cidadão nenhum
é obrigado a produzir provas contra si mesmo e que tudo que se fala pode ser
usado contra si mesmo, porém ele se mostrou leigo nesses princípios e suas
declarações complica e muito a si mesmo e a própria prefeita. Seu texto foi de
uma infantilidade e de uma arrogância que somente atesta seu despreparo e de
sua assessoria também.
Em sua nota de esclarecimentos o secretário se direcionou ao “cordão
de puxas-savo que cada vez encolhe mais” como se a notícia veiculada neste dia
07 de janeiro de 2015 fosse um fato novo de seu conhecimento, porém vamos
relembrar alguns fatos que desmontam todas as alegações publicadas em sua
página no Facebook.
Para resumir as alegações de sua nota de esclarecimento, vou
questionar o item 5 listado por ele, que o mesmo considera como a “prova maior”
de que ele não teria participação ou conhecimento da negociata flagrada com a
apresentação documentada de que ele havia determinado a retirada do “cercamento”
da área pública devido a mesma ainda não ter sido cedida.
Ocorre que o secretário determinou a retirada do “cercamento”
no dia 06 de novembro de 2013, porém o secretário em sua nota se esqueceu de
informar para os “puxas-savo” que ele tinha ciência da investigação
jornalística desde o dia 30 de junho de 2013, foi quando foi veiculada neste
blog a primeira publicação sobre o esquema de comercialização de áreas de
concessão pública.
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A matéria foi acompanhada de um clipe de áudio que era uma
montagem com alguns trechos dos vídeos divulgados com detalhes na reportagem
atual, e ele teve conhecimento desta publicação, tanto que ele quando compareceu
na câmara para esclarecer sobre este tema ele mencionou a montagem em tom
depreciativo.
Outro ponto que desqualifica esta determinação da retirada da
cerca do terreno está no fato deste escândalo com todos os vídeos ter sido
protocolado na Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Itaperuna no dia 11
de setembro de 2013, ou seja ele determinou a retirada da cerca quase SESSENTA
DIAS depois do protocolo no MPRJ, tempo suficiente para ele ter sido
notificado pelo órgão ministerial sobre os fatos representados.
O principal ponto que compromete o governo que foi denunciado
e comprovado na reportagem está no fato do processo original da cessão da área
estar em posse do pai do proponente como objeto de negociação, e o pior, o documento
chegou até suas mãos pelo departamento de meio ambiente.
Como o secretário
explica um processo que tramita no departamento de indústria e comércio ter
sido liberado no departamento de meio ambiente?
O secretário no alto de sua prepotência inicia seu texto com
a frase; “Resposta básica para uma matéria irresponsável”, porém ele se
contradiz ao terminar seu texto informando que “depois do conhecimento da
matéria, como secretário irá ingressar com uma notícia crime para apurar o
comércio ilegal de terrenos públicos, e instaurar processo administrativo para
apurar a participação dos servidores no caso”.
Se o secretário classifica a matéria como irresponsável, como
ele então vai levar o conteúdo desta mesma matéria para ingressar com uma
notícia crime na delegacia de polícia?
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Tal medida anunciada pelo secretário não passa de jogo de
cena para aliviar sua barra com a opinião pública, porém nada irá alterar o
curso das investigações em andamento no Ministério Público desde SETEMBRO DE
2013 no qual o secretário é um dos investigados. Este fato foi DETALHADO somente agora, em janeiro de 2015, porém desde junho 2013 que temos diversas publicações denunciando o fato sem pormenorizar as
evidências conforme nesta última matéria.
O secretário agindo como se estivesse tendo ciência deste
caso somente agora nos revela que ele somente reagiu a repercussão da matéria,
ele tem conhecimento desde julho de 2013 que o fato é polemizado neste blog e
decidiu ingressar com a notícia crime para apurar os fatos noticiados somente
em janeiro de 2015.
O secretário ao levar esta matéria para ingressar com uma
notícia crime vai acabar deixando a prefeita em uma situação embaraçosa,
pois no hall de participantes do esquema temos dois servidores com cargo
comissionado no governo, os diretores de meio ambiente e de agricultura ocupam
cargos de confiança da prefeita, tem nomeação política e faz parte da mesma
equipe de governo do secretário reativo.
Se o secretário interino de indústria, comércio, turismo e
cultura constata a gravidade do fato a ponto de levar ao conhecimento da autoridade
policial envolvendo dois diretores de departamento do governo, a prefeita
deveria exonerar imediatamente ambos os diretores, senão o secretário
denunciante ficará enfraquecido politicamente e desmoralizado perante a opinião pública.
As consequências da publicação do secretário podem ser desastrosas
para sua defesa no inquérito que responde sobre este fato na Tutela Coletiva,
além é claro dele mais uma vez ter tentado mentir para a sociedade com seu texto
patético.