sexta-feira, 17 de julho de 2015

A “delação premiada” que poupa a prefeita e detona com os demais da administração




Durante muito tempo venho alertando que muitos bom-jesuenses irão pagar um elevado preço por compactuar com as irresponsabilidades administrativas que vem sendo constantemente denunciadas aqui, e o resultado é que temos além da prefeita, muitos outros companheiros políticos dela se envolvendo com os rigores dos tribunais, e na hora que o barco começa a afundar, o “companheirismo” fica em segundo plano.

Na semana passada eu noticiei neste blog que o Tribunal de Contas do Estado havia aplicado pesadas multas em diversos servidores, concursados, efetivos e comissionados, as multas em tela chegaria a valores milionários, na ocasião eu havia somente recebido a informação de um servidor com trânsito livre nos corredores do poder.
Ontem recebi do mesmo informante duas páginas do processo TCE 220.227-9/2013 que resultou nessas polêmicas multas, que na verdade não são multas, e sim valores que deverão ser ressarcidos aos cofres públicos pelo “cancelamento” irregular praticado pelas pessoas que foram citadas no processo.

E o mais intrigante desta história é que a prefeita não foi alvo desta decisão pelo ressarcimento de mais de DOIS MILHÕES DE REAIS aos cofres públicos, e observando as duas páginas do processo a qual tive acesso, e imediatamente enviei ao vereador Ricardo Aguiar, é que a chefe da divisão de auditoria e controle interno é quem acusou os agentes públicos, jogando no colo deles a responsabilização dos cancelamentos irregulares.

Quando o barco começa a afundar, a regra prioritária é o famoso “cada um por si, e Deus para todos”, ou salve-se quem puder, pois foi exatamente o que fez a senhora chefe da auditoria e controle interno do governo, para poupar a prefeita e a ela mesmo, o caminho foi jogar a bomba no colo dos subordinados, deixando de poupar inclusive o próprio secretário de fazenda da prefeita, que como prêmio pela defesa do governo no rádio foi contemplado com quase R$ 1.400.000,00 de ressarcimento aos cofres públicos.

O pior é saber que de todos os membros do governo, um dos poucos que sempre se manteve neutro nas discussões políticas, e que mantém rigorosamente o mesmo padrão de vida desde quando assumiu o cargo, foi justamente o mais castigado pelo TCE, não há a menor dúvidas que o que ele terá que devolver foi fruto das ordens da mandatária do caos, em privilegiar os amigos da desordem nos perdões de dívidas de elevado vulto, possívelmente em IPTU.

O que chama a atenção está na diferença absurda dos valores considerados cancelados irregularmente que resultaram em dano ao erário, os secretários de fazenda que atuaram no governo 2005/2008 juntos cancelaram o total de R$ 145.301,97, já no atual governo a partir de janeiro de 2009 o rombo deu um salto absurdo de cancelamentos que resultaram em dano ao erário, sendo que somente o secretário-tricolor foi responsabilizado em ter que devolver aos cofres públicos a escandalosa quantia de R$ 1.359.000,00.

Óbvio que o secretário de fazenda não tem a menor condição de ressarcir o erário público em um valor desses, porém cabe ficar alerto que ele está sendo multado por ter atendido aos anseios da prefeita, talvez até muitos desses cancelamentos de dívidas tributárias possam ter sido alvo de negociação político em apoio eleitoral da prefeita, para isso podemos verificar o volume de cancelamentos nos anos de 2012 e 2014.

Os valores individualizados pela chefe da auditoria e controle interno acusando os servidores pelo cancelamento irregular chegam ao total de R$ 1.400.000,00 chegando a quase TRÊS MILHÕES DE REAIS o valor que o Tribunal de contas do Estado considerou como prejuízo aos cofres públicos.

Gostaria muito de ver o governo se pronunciar sobre este processo, e humildemente nos revelar quem foram os beneficiados desses cancelamentos irregulares, o que dizem nos cantos da cidade é que o maior devedor beneficiado teria sido o marido da própria prefeita, o que nos confrontaria em mais um escândalo de corrupção deste governo perdido e sem rumo, que agora começa a atirar entre si, como fez a chefa da auditoria e controle interno em sua “delação premiada”, delatou os companheiros de governo e premiou a prefeita em quase três milhões.