Os membros das oposições de
Bom Jesus do Itabapoana devem entender que campanha eleitoral sem que a
coordenação tenha meios de realizar uma leitura precisa da opinião pública, as
possibilidades de êxito são mínimas, não há mais aquele tempo em que
propagandas superficiais bastavam para conquistar o eleitorado.
Nada mais valioso do que uma coordenação
de campanha ter em mãos um mapa detalhado do que pensa o eleitorado em todos os
aspectos, regiões e classes, para assim ter condições de traçar a estratégia
ideal para cada ponto fraco detectado em pesquisa.
Observem que o comando de
campanha da prefeita em 2008 teve o cuidado de levantar junto aos entrevistados
todas as hipóteses que poderiam gerar índices de rejeição à candidata Branca
Motta, e como podemos observar, o principal peso que sua candidatura carregava érea
o próprio marido.
Impressiona como toda a
sociedade em todas as localidades de Bom Jesus do Itabapoana rejeitavam o
ex-prefeito e marido da então candidata, e diante deste levantamento feito no
final de agosto de 2008, podemos lembrar que possivelmente o material de
campanha da prefeita passou a circular sem o sobrenome, somente com o nome
Branca, para que na reta final de setembro aliviasse a rejeição proporcionada
pelo operador pirotécnico não comprometer a vitória que se anunciava, porém um
expressivo número de indecisos.
Por outro lado, deve-se
discutir e debater a possibilidade de promovermos pesquisas de opinião para que
sejam divulgadas para todos os eleitores entenderem a cidade com um todo, e
assim aprofundarmos mais os debates recorrentes em período eleitoral, da
maneira como as pesquisas são utilizadas, o objetivo se concentra somente em
traçar o cenário de maneira sigilosa para a coordenação de campanha somente
afinar o discurso e a estratégia para alcançar a vitória.
Um exemplo claro do que
defendo acima está no fato de que a prefeita tinha plena ciência de que os
eleitores rejeitavam amplamente a figura pública de seu marido, ela somente
tomou esta informação para nortear sua campanha, e até talvez para “esconder” a
pesada figura de sua campanha, tanto que tão logo assim que assumiu ele o alçou
ao comando do governo na secretaria de obras, e assim se manteve comandando com
mão de ferro toda sorte de perseguições e retaliações principalmente contra os
servidores, chegando ao ponto dele ter que sair do governo em agosto de 2013
tamanho desgaste.
Ela desprezou por completo a
opinião pública ao nomear e conceder amplos poderes para o super-rejeitado
participar de todas as ações de governo, até reunião com a secretaria de saúde
e direção do hospital ele participava.
Sem dúvidas que se o eleitorado
tivesse acesso a todas essas informações no decorrer das eleições, teríamos uma
opinião pública atenta e crítica para cobrar da prefeita que não se nomeasse o
marido rejeitado, a própria prefeita poderia ter cometido muito menos erros se
tivéssemos uma sociedade ciente de fato com as informações deste levantamento.