Nada
é capaz de estar tão ruim que não possa piorar, com esta frase começamos a
levantar um necessário debate sobre a cultura do brasileiro em mitificar
personagens políticos, endeusando pessoas em vez de entender como funcionam as
INSTITUIÇÕES políticas, no caso em tela os partidos.
O personagem mitificado
desta publicação é o deputado federal pelo PP-RJ, Jair Bolsonaro, aquele que
faz muita gente que se acha lúcida acreditar que ele não se beneficiou da
corrupção da Lava Jato.
Sua
campanha foi diretamente beneficiada pelo escândalo do Petrolão
Como
todos sabem, ou deveriam saber, dos partidos envolvidos nos esquemas de
corrupção na Operação Lava Jato o PP de Bolsonaro foi o que mais recebeu
dinheiro sujo das empreiteiras denunciadas pela justiça federal do Estado do
Paraná, e logo assim que este dado veio a tona, o senhor Bolsonaro para
continuar enganando seus eleitores com sua postura de “senhor honestidade”, se
pronunciou de imediato afirmando que sua candidatura não recebeu doações de
nenhuma empresa investigada, como se sua campanha fosse financiada somente com
o que chega na conta de sua candidatura pessoal.
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Não é
bem assim! Os recursos que o deputado Bolsonaro recebeu em sua conta pessoal de
campanha financiou somente os gastos pontuais de sua campanha, como material gráfico
somente com a publicidade dele, contratação de cabos eleitorais em redutos
estratégicos, combustíveis, carros de som.
Os
maiores gastos de qualquer campanha eleitoral de grande porte como a dele,
estão na produção de vídeos e áudios para as inserções eleitorais na TV e no
rádio, juntamente o material publicitário de grande porte como placas, plotagens,
impressos com as candidaturas ao senado e governo do estado são exclusivamente financiados
pelo diretório estadual do partido, e este se fartou com o dinheiro sujo da
Lava Jato, chegando assim a conclusão que sua eleição foi diretamente
beneficiada com dinheiro sujo do “Petrolão”.
Se o
nobre Jair Bolsonaro fosse um político honesto e de princípios, ele sairia do
partido tão logo viesse à tona que o PP-RJ fora flagrado como o maior
beneficiado de um dos maiores escândalos de corrupção da história do País, mas
seu comodismo e conivência com os ilícitos de seu partido, faz de sua honestidade
meramente de casuística.
Acreditaria nele, o honesto Bolsonaro se ele saísse do
partido e encarasse uma eleição sem se atrelar ao sistema, como Chico Alencar
que também é um campeão de votos e não se coliga com partido algum e nem recebe
dinheiro sujo de qualquer esquema de corrupção que for.
A "contrapartida" da votação recorde do deputado
Cabe alertar aos nobres admiradores do “honesto” Jair Bolsonaro, que sua votação
recorde que superou os 460.000 votos não deveria ser motivo de orgulho, e sim
de reflexão para o brasileiro que não tem pleno conhecimento das regras do
sistema eleitoral brasileiro, bastando verificarmos que esta absurda votação
reacionária e insana contribuiu decisivamente para as eleições de outros dois
deputados que não tiveram votação suficiente para se elegerem sem os votos da
legenda, Simão Sessim e Júlio Lopes.
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O
primeiro nasceu politicamente no berço da contravenção nos domínios jogo do
bicho, ficando o surreal paradoxo do militar-honesto-defensor-da-lei-e-da-ordem
Jair Bolsonaro ter ofertado seus votos excedentes para o Parla-do-bicho e assim
contribuído decisivamente para eleger um representante do crime organizado que
não teve 50 mil votos.
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O
segundo beneficiado com os votos excedentes do honesto-Bolsonaro foi secretário
de transportes no governo Sérgio Cabral, que contribuiu decisivamente no
sucateamento do transporte público, nos esquemas das empreiteiras
concessionárias, e no lobby para o escritório de advocacia da esposa do Cabral
se constituir como representante jurídico das concessionárias de transportes
públicos do estado.
Guardada
as devidas proporções (mais precisamente no número de votos), o deputado Jair
Bolsonaro prestou no Estado do Rio de Janeiro o mesmo papel que presta o
Tiririca em São Paulo, onde centenas de milhares votaram nele em protesto sem
saber quem está se elegendo de carona com esses votos.
Atuação
parlamentar
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Com
25 anos de Câmara dos Deputados, o produtivo-Bolsonaro teve somente um projeto
de lei provado de sua autoria, o inútil projeto que obriga a urna eletrônica a imprimir
o voto, como se fosse plenamente garantido que se houver uma urna com sistema
adulterado, será a impressão oriunda do próprio sistema fraudado que garantirá
a lisura, pois mesmo se o eleitor conferir e confirmar o voto digitado com o
que foi impresso, esses comprovantes ficarão de posse com as mesmas pessoas que
poderiam fraudar as urnas.
Sobre
o debate da urna eletrônica, a conclusão que o brasileiro deve chegar é que não
há sistema de votação em um país com as dimensões do Brasil que esteja imune a
fraude, os desvios seja qual natureza for são praticados devido a total omissão
do cidadão na rotina política de sua cidade, a partir do momento que você se
negligencia de participar da vida política de sua comunidade, onde você vive,
como então teremos cultura de cidadania suficiente para participar do processo
como um todo no País?
Enquanto
o brasileiro se manter indiferente com o cotidiano político, fiscalizando principalmente,
não haverá sistema eleitoral cem por cento seguro de fraudes.
Sobre
o fato do produtivo-Bolsonaro ter apenas um projeto aprovado em 25 anos de
carreira, ala alega que sofre preconceito, o que demonstra que ele é quase uma
unanimidade, ele sofreu preconceito nos governos Collor, Itamar, FHC, Lula e
Dilma, o país viveu sob todos os seguimentos ideológicos neste período e ele
sofrendo “preconceito” de todos eles.
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Ainda
sobre sua atuação parlamentar, em 2015 tivemos um barulhento embate entre ele e
a deputada petista, Maria do Rosário, sobre sua declaração de que não a
estupraria por que ela não merece.
Muito
pior do que esta declaração contra a deputada petista, foi a entrevista que ele
concedeu a uma rádio gaúcha defendo que as mulheres deveriam receber menor por
engravidar, isso mesmo, ele defende que um homem receba R$ 2.000,00 por
determinado serviço e uma mulher receba R$ 1.500,00 pela mesma função e carga
horária, alegando que se a “dona Maria” não estiver satisfeita que procure
outro emprego, sintetizando explicitamente sua visão sobre “livre iniciativa”.
Finalizando,
manifesto que apenas dediquei tempo e esforço para pesquisar e estruturar este
texto sobre este deputado farsante, tendo em vista que muitas pessoas com potencial
capacidade de formar opinião defendem este personagem lamentável de nossa
história política como se ele fosse a solução para todos os problemas da nação,
e não é bem assim. Ele é muito pior do que vocês imaginam.