quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O barulho da CPMF e o silêncio da dívida pública

A proposta do governo em ressuscitar a CPMF causou uma onda incontrolada de protesto, seja dos cidadãos nas redes sociais ou dos parlamentares do DF, a repulsa com a possibilidade de tornar nossa carga tributária mais pesada ainda causa sentimento de indignação coletiva em toda sociedade.

Para dar substância ao tema, disponibilizo nesta publicação uma tabelinha com os valores cobrados de acordo com o movimentado em sua conta bancaria, e como todos podem observar, a maioria dos brasileiros são os que movimentam no máximo R$ 5.000,00 por mês, pagando assim o total de R$ 10,00 de CPMF ao longo dos trinta dias de movimentação bancária.

Gostaria muito que esses mesmos cidadãos revoltados com o ressurgimento da CPMF se revoltassem também com a famigerada dívida pública, pois se vocês estão reclamando por terem que pagar no máximo R$ 20,00 por mês de imposto referente as movimentações bancárias que totalizam 10 mil reais, o que vocês têm a dizer então sobre o fato de vocês também estarem pagando DIARIAMENTE R$ 8,50 a título de juros de uma dívida ilegal e inconstitucional?

Isso mesmo meus caros indignados, a dívida pública consome diariamente de todos os 200 milhões de brasileiros esta quantia de R$ 8,50, que chegando ao final do mês todos nós, independente de termos conta em banco ou não, teremos pago aos banqueiros e fundos de investimentos o total de R$ 255,00.

Se os cidadãos fizerem sua parte e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos talvez poderíamos até em pensar na redução da carga tributária, porém mesmo se esta nova CPMF for aprovada e a sociedade se manter atenta aos gastos públicos, este imposto pago pelos correntistas bancários poderá ser aplicado em benefício da sociedade.

Já esses R$ 8,50 diários ou R$ 255,00 mensais que pagamos por esta dívida em hipótese alguma chegará em forma de investimento público, pois esses R$ 8,50 nosso de cada dia vai para apenas 15 mil credores de uma dívida criminosa, e o pior, vai para sustentar a vida afortunada dos bilionários do sistema financeiro.

Se somos capazes de explodir de indignação com a CPMF, temos por obrigação de mobilizarmos pela auditoria desta dívida pública, bastando todos os dias todos os cidadãos se manifestarem pela auditoria da dívida, que apesar da força do poder econômico, temos no congresso notáveis parlamentares de defendem a auditoria da dívida, eles precisam é de apoio popular.