Definitivamente Bom Jesus do
Itabapoana se tornou um território hostil para quem ousa confrontar com os
bandidos políticos locais, eles dominaram todo cenário com a influência política na cúpula do poder na capital do estado. Depois de quase seis meses do
atentado sofrido por mim na Barra do Pirapetinga, agora outro cidadão indignado
é alvo do mesmo tipo de ataque covarde e terrorista.
O atentado da vez ocorreu
nesta madrugada de 28 de setembro de 2015 em Carabuçu, 4º distrito de Bom Jesus
do Itabapoana, onde a camionete do cidadão Vagner Porto foi incendiada em
frente sua residência, segundo relato dele, é que se não fosse um vizinho ter
chamado por ele no momento do incêndio, algo muito pior poderia ter acontecido.
Desde 2014 que o cidadão
Vagner Porto vem se manifestando de maneira contundente contra a classe
política corrompida de Bom Jesus do Itabapoana, declarado apoiador do vereador
Ricardo Aguiar e sempre compartilhando minhas publicações, ele acabou por criar
uma página denominada como “Reage Bom Jesus”, de cunho explicitamente opositor.
No final do mês de agosto ele
publicou nesta página um manifesto dando a entender que ele havia sido
procurado por alguém ligado a situação tentando coopta-lo ou até mesmo fazendo
ameaças veladas, ele deixou claro no texto que não se vende e não se intimida
com ninguém que supostamente seria alvo de suas críticas.
Se a Polícia Civil de Bom
Jesus do Itabapoana tivesse desenvolvendo uma investigação profunda e transparente no caso do
atentado sofrido por mim, no dia 13 de maio de 2015, sem dúvidas que toda
sociedade já teria conhecimento dos criminosos que atearam fogo em meu carro.
A má vontade explicitada pelo
próprio delegado de polícia em ir buscar as imagens que registram o veículo que
conduzia os criminosos me leva a desacreditar por completo na eficácia desta
instituição, pois ele somente fez isso uma semana depois do crime, e mesmo
assim depois que fiz um protesto contundente na delegacia.
A falta de capacidade da
Polícia Civil de Bom Jesus do Itabapoana em elucidar e trazer a público os
criminosos que atentaram contra minha pessoa, faz com que o imaginário popular
associe um crime com o outro, ainda mais se levarmos em conta que tanto eu como
Vagner sermos críticos contundentes do banditismo político local, e ele não por
acaso vem acirrando seu enfrentamento contra a corja de ladrões públicos.
A última vez que um delegado
de polícia ousou em instaurar um inquérito contra o atual governo, ele foi alvo da famosa “punição geográfica”, que nada mais é do que ser transferido de
jurisdição para atender interesses espúrios de políticos corruptos, fato consumado no caso em
tela.
O Doutor Márcio Caldas havia
tomado mais de quatro horas de depoimento do ex-vereador Batista Magalhães
sobre a roubalheira da verba da enchente de 2009, dos 1 milhão de reais que
vieram para Bom Jesus, algo em torno de 600 mil teriam sido desviados em
esquemas de notas superfaturadas de terraplanagem, e depois deste depoimento,
ele foi transferido para Campos dos Goytacazes e o inquérito morreu em nossa delegacia.
Existem muitas coincidências
políticas envolvendo tanto o atentado sofrido por mim, como este sofrido pelo
cidadão Vagner Porto, as posturas políticas e públicas de ambos atestam quase todas as coincidências.
A pergunta agora não é mais
quem são os criminosos que atearam fogo contra o carro do blogueiro, agora a
pergunta é quem será a próxima vítima de um atentado terrorista?
A impunidade proporcionada
por um organismo de segurança pública aparelhado por inescrupulosos, sem
dúvidas que as coincidências desses ataques se tornarão cada vez mais
escancaradas, até que surja uma vítima fatal e a barbárie se instale de vez em Bom Jesus do Itabapoana.