Desde o final de 2015 que venho
sinalizando com a possibilidade de Paulo Sergio Cyrillo descumprir o acordo
partidário com a cúpula do PR, a ruptura dele com o grupo republicano foi avançando
em novas movimentações neste início de 2016.
Já se tornou público e notório
que Cyrillo-pai cogita a candidatura de Cyrillo-filho em conversas reservadas
com alguns personagens políticos, inclusive há quem diga que ele chegou a
consultar Samuel Júnior se ele toparia ser vice de Cyrillo-filho.
No encerramento do prazo de filiações
para candidaturas das eleições de 2016, Cyrillo-pai se filiou no PSDB sem dar
qualquer satisfação ao presidente do PR de BJI e até então aliado político
Roberto Tatu, e muito menos a qualquer outro membro do diretório.
Se ele estivesse mesmo fiel e
leal ao grupo político que caminhou com ele em 2012, no mínimo ele deveria ter
a dignidade de conversar com franqueza expondo seus motivos da filiação-tucana,
seja para caminharem juntos com dois partidos, ou mesmo para ele seguir outro
caminho, assim seria honesto da parte dele, e não da maneira unilateral a qual
ele trocou de partido.
Para jogar mais gasolina na
fogueira da ruptura entre Cyrillo e Tatu, na noite desta quarta-feira, 13 de
abril de 2016, estiveram reunidos no Chopin Cyrillo-pai, Cyrillo-filho, Paulo
Portugal, Carlos Ney, Luciano Nunes, um ex-empresário do ramo automobilístico
muito atuante no antigo grupo de Carlos Garcia, e dois “simpatizantes” de
Cyrillo, Roberto Tatu não se fazia presente.
Se esta reunião ocorreu em plena
praça pública, sem reserva alguma, ao ponto de um amigo ter fotografado a
vontade e me enviado as fotos, é sinal que não há mais o que protelar no
posicionamento das partes mencionadas, até mesmo para dar satisfação aos
eleitores e aliados do grupo político que dava sustentação a Cyrillo e Tatu.
A presença de alguns personagens
nesta reunião denota que este grupo não está preocupado em ser
oposição de fato, o que se percebe é uma coalizão fisiológica/partidária em nome
da vitória eleitoral a qualquer preço e acordo, e não uma aliança programática
com uma agenda que defina com clareza as propostas que atendam as demandas do
município.