segunda-feira, 23 de abril de 2012

Sucuri na geladeira



No dia 01 de setembro de 2011 a poder legislativo municipal por unanimidade instaurou uma Comissão Processante para investigar e apurar as denuncias protocoladas pelo Senhor Valto Ferreira da Silva no que tange a diversas irregularidades e suspeitas sobre a secretaria municipal de saúde e o pregão presencial 015/2010 com fortes indícios superfaturamento na aquisição de peças para veículos da secretaria municipal de saúde e da educação, essa comissão processante ficou formada pelos vereadores Eraldo Salluto (presidente) Clério Tadeu (relator) e Valdevi da Silva (membro da CP).

Essa Comissão Processante teve como a principal prova documental o relatório da comissão mista de saúde feita pelos vereadores Samuel Júnior, Valdevi da Silva, Paulo Roberto Pimentel e Eraldo Salluto, e no relatório conclusivo da comissão mista de saúde há graves denuncias apuradas pelos quatro vereadores conforme todos podem conferir no documento postado nessa publicação, trata-se de graves denuncias de desvios na secretaria de saúde, onde se pode sugerir ato improbo por parte do governo que instaurou uma comissão sindicante e os vereadores sequer requereram o relatório dessa comissão sindicante.

Na sessão legislativa do dia 10 de outubro de 2011 foi lida em plenário a defesa do governo e os relatórios preliminares da Comissão Processante, por haver divergências nos relatórios do presidente e do relator da comissão processante, foi submetida ao plenário a votação para decidir se continua ou não as apurações da comissão instaurada. E o relatório do relator Clério Tadeu não poderia ser mais irresponsável e suspeito, pois o mesmo sugeriu que se arquivasse as denuncias sem que o governo enviasse os documentos requeridos para a investigação ou mesmo que se tenha ouvido qualquer testemunha. E foi aí é que começou a polêmica desse caso na votação dos relatórios, o presidente da casa determinou que para prosseguir ou arquivar as denuncias a votação teria que ser por maioria absoluta, e com a ausência do vereador Sebastião Coroia ficou o impasse do que seria o número correto da maioria absoluta.

 Depois disso o advogado da prefeita, e não os procuradores do município entraram com um pedido liminar ao judiciário para que se anule a comissão processante no qual na defesa, as argumentações do advogado não justificaram as denuncias e se preocupou somente em desqualificar a conduta regimental do presidente da câmara, o judiciário aceitou em suspender temporariamente os trabalhos de investigação até decidir se prossegue ou não as apurações. Até o momento não há definição desse caso, parece que todos estão querendo deixar essas graves denuncias cair no esquecimento da opinião pública, dos quatro vereadores que assinaram o relatório conclusivo da comissão mista, dois (Paulo Roberto Pimentel e Valdevi da Silva) mudaram de opinião e votaram pelo arquivamento das denuncias, são dois casos claros de políticos fisiologistas e cooptados pelo governo, eles não honram sequer suas assinaturas, para atender os interesses do governo eles se autodesqualificam sem a menor cerimônia, são dois capachos do governo que não tem a mínima preocupação ou compromisso com a coerência.
Esperamos ao menos um pronunciamento do presidente da câmara ou o presidente dessa comissão processante sobre qual será o desfecho desses escândalos denunciados e que aos poucos estão sendo varrido para debaixo do tapete da impunidade, esperamos também que o poder judiciário se pronuncie a respeito, pois a sociedade está totalmente desacreditada das instituições democráticas,e o sentimento de impunidade é uníssono em toda Bom Jesus do Itabapoana..