As quatro semanas que sucederam o segundo turno das eleições
de 2014 foram de um agito que parece que não haverá o mandato 2015/2018, as
movimentações com vistas para a próxima eleição estadual já saltam aos olhos de
todos.
A primeira movimentação que causou alvoroço no processo
político do estado veio da Procuradoria Geral do Estado, que de maneira
implacável já pediu por duas vezes a cassação do candidato reeleito ao governo
do estado, Luiz Fernando Pezão, além do mesmo pedido ao presidente do
parlamento estadual, Paulo Mello.
Com esses dois pedidos de cassação do registro de candidatura
o cacife político de Pezão já inicia 2015 muito enfraquecido, ainda se levarmos
em consideração que ele já está reeleito, não disputará a próxima eleição e seu
carisma para projetar um sucessor é nulo.
Situação semelhante vive Paulo Mello, que com um processo de
cassação nas costas seu poder de fogo na ALERJ foi anulado por Picciani que já
assumiu as rédeas da base governista, e para surpresa de muitos ele conta até
com o apoio do PR de Garotinho.
E esta notícia caiu como uma bomba no meio político regional,
principalmente em Bom Jesus do Itabapoana, onde muitas pessoas interpretaram
como o prenuncio do fim da carreira política de Garotinho com seu partido
apoiando um de seus alvos preferenciais das críticas proferidas em seu blog,
Jorge Picciani.
Entretanto a presença de Geraldo Pudim na primeira secretaria
sinaliza que Garotinho e Picciani estão se entendendo nos bastidores, pois
Pudim na condição de amigo fiel do líder republicano não iria jamais trai-lo.
Não duvidem que em 2018 Garotinho e Picciani estejam de mãos
dadas pela disputa do governo do estado, com Pezão começando o governo com
clima de fim de festa, dificilmente Sérgio Cabral consegue projetar alguém com
potencial de ganhar o pleito de 2018.