terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Eleição da mesa diretora da câmara indica aumento da subserviência do legislativo aos desmandos do executivo

Tendência é pela reeleição de Luciano Nunes com a entrada de Clério Tadeu na primeira secretaria

Encerrada a apuração dos votos legislativos na eleição de 2012, o eleitorado bom-jesuense havia deixado claro a insatisfação com os rumos da administração pública municipal elegendo OITO vereadores de coligações opositoras ao governo do caos. Estava nítido que a sociedade optou por um poder legislativo com perfil independente e fiscalizador. 

Porém foi somente os novos edis tomarem posse que a temporada de assédio parlamentar se iniciou no dia 14 de janeiro de 2013 quando o executivo enviou um projeto de lei autorizando o município a realizar 124 contratações temporárias, número suficientes de vagas de empregos para os vereadores indicarem seus cabos eleitorais.
E com o rolo compressor governista em campo, somente o vereador Ricardo Aguiar tinha uma postura combativa desde a primeira sessão, os vereadores Celso Rezende e Paulo Salim mantinham-se com uma postura de observação dos andamentos políticos da cidade os demais estavam no berço esplendido governista

Chegando o fim do primeiro semestre o cenário começou a se mover com a oposição ganhando corpo contundente com cinco vereadores, principalmente com Celso Rezende nos trabalhos da comissão permanente de finanças e orçamentos criando muitos obstáculos contra os desvios do executivo.
E na semana que vem teremos a eleição da mesa diretora da câmara para o biênio gestor de 2015/2016 com tendência de reeleição do atual presidente Luciano Nunes, porém com uma disputa anunciada para a primeira secretaria da casa.

Inicialmente a prefeita manifestara a preferência por Clério Tadeu eleito presidente da câmara, porém a reação de quadros de sua própria base governista na câmara levou ao consenso em reeleger Nunes ao segundo mandato consecutivo, porém com a frustração de Tadeu em abrir mão da presidência e com a postura opositora de Leonardo Dutra na primeira secretaria, a disputa promete entre os dois.
A eleição está prevista para o dia 22 de dezembro de 2014 e com o resultado previsto a prefeita estará tornando legislativo mais subserviente ao executivo a cada ano que passa. 
Em 2013 tivemos Celso Rezende na comissão de orçamento e finanças que por ter dado trabalho ao executivo ele foi rifado neste ano de 2014, e para 2015 a prefeita pretende se livrar de Dutra da primeira secretaria.

Segundo circula nas rodas de conversas políticas é que o presidente da câmara pretende vir candidato a prefeito em 2016, ele tem cacife político e partidário para compor um grupo forte para a disputa, porém se ele mantiver nesta posição que muito agrada a prefeita ele terá seus planos frustrados.

Com futuro político condenado ao ostracismo das inelegibilidades que a esperam, a prefeita está conduzindo a gestão pública municipal tal qual uma “kamikaze da improbidade administrativa”, e quem acompanhar suas loucuras se afundará com ela. 2016 está na pauta e em aberto.