Desde o segundo semestre de
2014 que ouço uma história dando conta das supostas articulações políticas nos
bastidores do Tribunal Superior Eleitoral, no que tange ao processo de cassação
da prefeita e do seu vice no qual em ambos os lados interessados nesta peleja
temos relatos de movimentações, que se consumadas, poderá chegar as vias do
inusitado conflito partidário.
Que fique bem esclarecido que
eu jamais ouvi esta hipotética articulação política das bocas de Roberto Salim
e de Paulo Sérgio Cyrillo, tanto pai como filho, são pessoas do meio político e
sem vínculo partidário com eles que me trouxeram a informação que o nome que
estaria pronto para blindar qualquer tentativa de articulação dos advogados da
prefeita no TSE, seria o presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha.
A movimentação se concentra
em uma ala do PMDB ligada a Jorge Picciani que não mais teria interesse em ver
a prefeita se mantendo no cargo, e com isso com sua galopante rejeição em Bom
Jesus ele queria ver a situação processual definida em 2015 para que ele
pudesse articular uma candidatura que desse espaço para o partido em 2016, e
não como está sendo conduzido pela prefeita, que apesar de ser do PMDB, o
partido dela jamais teve espaço em seu governo.
Some-se a esses supostos
interesses do jogo político de 2016, a uma suposta contrariedade de Cunha com a
prefeita, ao passo que ela o traiu na eleição de 2014 optando em apoiar para
deputado federal, o Cabralzinho. Os motivos da traição seria o suposto fato
dele, Cunha, ter sido o principal articulador da primeira e da segunda liminar
que manteve a prefeita no cargo, a terceira e atual liminar foi garantido por
Paulo Mello conforme ele mesmo declarou na casa dela naquele festivo dia 22 de
agosto de 2014.
A situação está ultrapassando
um limite cronológico que será muito complicado um novo governo se estabelecer
até outubro de 2016 com este assumindo depois de julho de 2015, com menos de um
ano de governo e com a prefeitura completamente em desordem, a tendência é o
caos se consolidar justamente quando Roberto Salim assumir o governo.
Talvez até esta manobra do
PMDB da capital fluminense acionar o presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha, para concretizar este julgamento ainda neste ano, sem dúvidas
que o jogo político ficará pavimentado para um novo nome surgir em 2016 com as
bênçãos de Picciani em Bom Jesus do Itabapoana.
Considerando que já estamos
no dia 08 de julho de 2015 e o processo de cassação da prefeita sequer ainda
está concluso para a relatora submeter a seu voto, vamos então cogitar a
possibilidade do mesmo passar a ter uma tramitação célere a partir de hoje, e
que possivelmente ele seja julgada até o dia 21 deste mês, a prefeita ainda
teria tempo para permanecer no governo até a publicação da decisão, que sem
dúvidas irá manter a cassação dela, para depois de publicado ela entrar com os
embargos de declaração, e depois dos embargos apreciados, aí sim ela sairia em
definitivo do governo.
Pergunto a vocês quanto tempo
ainda levaria para a publicação da decisão no diário oficial e apreciação dos
embargos?
Não sei se vocês se recordam,
mas quando a prefeita foi condenada por unanimidade em segunda instância, a
publicação do acórdão levou mais de SESSNTA DIAS para ser consumada e o embargo
declaratório levou outros vinte dias para sua apreciação, para na sequência a
prefeita desocupar o gabinete, ela foi cassada no dia 07 de abril de 2014 e o
Roberto Salim assumiu em 09 de julho de 2014, três meses depois.
Se a prefeita for cassada
neste mês de julho, ela muito provavelmente ainda permanecerá no cargo até
outubro de 2015, com isso o novo prefeito terá de novembro de 2015 a julho de
2016 para viabilizar seu nome politicamente para ter condições de disputa com
possibilidade de vitória em 2016. Cabe ainda salientar que ele deverá assumir o
governo com o orçamento de 2016 já concluído e sem tempo hábil para alterações
expressivas.
O mais desolador disso tudo,
é observar que temos em Bom Jesus do Itabapoana muita gente na expectativa de
ver um Eduardo Cunha prestar o papel de “salvador da pátria bom-jesuense”, a
possibilidade de vermos nossa cidade devendo um “grande” favor para este
indivíduo é a senha para surgirem as mazelas de um novo sistema de “parceria”
política em Bom Jesus do Itabapoana.