quarta-feira, 8 de julho de 2015

Infeliz é a cidade que espera pela ação de Eduardo Cunha



Desde o segundo semestre de 2014 que ouço uma história dando conta das supostas articulações políticas nos bastidores do Tribunal Superior Eleitoral, no que tange ao processo de cassação da prefeita e do seu vice no qual em ambos os lados interessados nesta peleja temos relatos de movimentações, que se consumadas, poderá chegar as vias do inusitado conflito partidário.

Que fique bem esclarecido que eu jamais ouvi esta hipotética articulação política das bocas de Roberto Salim e de Paulo Sérgio Cyrillo, tanto pai como filho, são pessoas do meio político e sem vínculo partidário com eles que me trouxeram a informação que o nome que estaria pronto para blindar qualquer tentativa de articulação dos advogados da prefeita no TSE, seria o presidente da câmara dos deputados Eduardo Cunha.

A movimentação se concentra em uma ala do PMDB ligada a Jorge Picciani que não mais teria interesse em ver a prefeita se mantendo no cargo, e com isso com sua galopante rejeição em Bom Jesus ele queria ver a situação processual definida em 2015 para que ele pudesse articular uma candidatura que desse espaço para o partido em 2016, e não como está sendo conduzido pela prefeita, que apesar de ser do PMDB, o partido dela jamais teve espaço em seu governo.

Some-se a esses supostos interesses do jogo político de 2016, a uma suposta contrariedade de Cunha com a prefeita, ao passo que ela o traiu na eleição de 2014 optando em apoiar para deputado federal, o Cabralzinho. Os motivos da traição seria o suposto fato dele, Cunha, ter sido o principal articulador da primeira e da segunda liminar que manteve a prefeita no cargo, a terceira e atual liminar foi garantido por Paulo Mello conforme ele mesmo declarou na casa dela naquele festivo dia 22 de agosto de 2014.

A situação está ultrapassando um limite cronológico que será muito complicado um novo governo se estabelecer até outubro de 2016 com este assumindo depois de julho de 2015, com menos de um ano de governo e com a prefeitura completamente em desordem, a tendência é o caos se consolidar justamente quando Roberto Salim assumir o governo.
Talvez até esta manobra do PMDB da capital fluminense acionar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para concretizar este julgamento ainda neste ano, sem dúvidas que o jogo político ficará pavimentado para um novo nome surgir em 2016 com as bênçãos de Picciani em Bom Jesus do Itabapoana.



Considerando que já estamos no dia 08 de julho de 2015 e o processo de cassação da prefeita sequer ainda está concluso para a relatora submeter a seu voto, vamos então cogitar a possibilidade do mesmo passar a ter uma tramitação célere a partir de hoje, e que possivelmente ele seja julgada até o dia 21 deste mês, a prefeita ainda teria tempo para permanecer no governo até a publicação da decisão, que sem dúvidas irá manter a cassação dela, para depois de publicado ela entrar com os embargos de declaração, e depois dos embargos apreciados, aí sim ela sairia em definitivo do governo.

Pergunto a vocês quanto tempo ainda levaria para a publicação da decisão no diário oficial e apreciação dos embargos? 

Não sei se vocês se recordam, mas quando a prefeita foi condenada por unanimidade em segunda instância, a publicação do acórdão levou mais de SESSNTA DIAS para ser consumada e o embargo declaratório levou outros vinte dias para sua apreciação, para na sequência a prefeita desocupar o gabinete, ela foi cassada no dia 07 de abril de 2014 e o Roberto Salim assumiu em 09 de julho de 2014, três meses depois.

Se a prefeita for cassada neste mês de julho, ela muito provavelmente ainda permanecerá no cargo até outubro de 2015, com isso o novo prefeito terá de novembro de 2015 a julho de 2016 para viabilizar seu nome politicamente para ter condições de disputa com possibilidade de vitória em 2016. Cabe ainda salientar que ele deverá assumir o governo com o orçamento de 2016 já concluído e sem tempo hábil para alterações expressivas.

O mais desolador disso tudo, é observar que temos em Bom Jesus do Itabapoana muita gente na expectativa de ver um Eduardo Cunha prestar o papel de “salvador da pátria bom-jesuense”, a possibilidade de vermos nossa cidade devendo um “grande” favor para este indivíduo é a senha para surgirem as mazelas de um novo sistema de “parceria” política em Bom Jesus do Itabapoana.