sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A luta pela sobrevivência política em face da fragilidade jurídica

A prefeita e seu marido por muito pouco não perderam o controle do PMDB em Bom Jesus do Itabapoana, até uns trinta dias atrás a causa era perdida com pessoas próximas ao casal chegando a cogitar uma debandada do grupo para outra legenda, provavelmente o PDT, porém em um esforço político desgastante ela conseguiu se manter no controle da legenda, não por ser a preferência da cúpula do partido, e sim pela total falta de opção.

Ela atualmente somente conta com o apoio político do governador Pezão, por outro lado, Cabral, Cabralzinho e “Padim-Mello” já teriam abandonado a barca furada que se consolidou no grupo político do casal-improbidade.

O presidente do partido havia tentado atrair Roberto Tatu para disputar as eleições em 2016 pelo PMDB, a proposta foi ouvida e declinada com a opção de Tatu em permanecer no PR, pois ele mesmo assim teria bom relacionamento com Picciani e com Geraldo Pudim que agora como peemedebista, poderá ser um intermediador das demandas do município com o governo do Estado do Rio de Janeiro, caso ele disputa e vença as eleições de 2016.

Com a consolidação do comando peemedebista nas mãos da prefeita em Bom Jesus, ela teve lançado o nome de seu advogado como candidato ao pleito de 2016, mesmo assim, há quem diga que o nome do Dr. Silvestre não passa de uma estratégia para poupar o verdadeiro candidato da preferência da mandatária.

Independente de quem seja de fato o candidato a ser indicado(a) pela prefeita em 2016, ela agora tem pela frente um segundo desafio que lhe proporcionará mais desgastes do que seu embate pela manutenção do controle no partido, trata-se da justiça eleitoral, mais precisamente o TSE.

Ao que tudo indica, a representação feita no Conselho Nacional de Justiça está surtindo efeito, pois além da pauta partidária discutida entre o casal e a cúpula, também muito se falou no processo de cassação da prefeita e do vice em Brasília, e diante das impossibilidades da permanência no poder levantadas, o plano “B” da prefeita se manter competitiva em 2016 se encontra justamente na manutenção do controle da máquina administrativa do estado em Bom Jesus do Itabapoana.

O governo municipal mesmo com todas as determinações e multas aplicadas pelo Tribunal de Contas do Estado, vem mantendo na prefeitura um batalhão de cabos eleitorais contratados diretamente na ordem de 550, sendo que o número de vagas levantado pela secretaria de administração deste mesmo governo para o TAC do concurso público foi de 396 vagas.

Some-se a esses mais de 550 contratados, os 140 da Top Mak e os 60 da Farthy Clean, resultando assim em 750 famílias que irão votar e trabalhar pela eleição de quem quer que seja indicado ou indicada pela prefeita.

A máquina pública estadual movimenta em Bom Jesus do Itabapoana algo em torno de quase 200 vagas de empregos de indicação política ou de terceirizados do estado, dando a ela uma largada de no mínimo 3.500 votos, sem contar com os seguimentos religiosos que são fieis a desordem pública em troca de muitos convênios com a prefeitura.

O ponto a ser traçado na estratégia será o momento certo de sair da prefeitura, caso seja possível a prefeita manipular tal “fenômeno”, pois ela dá como praticamente certa que de fato irá sair, a tentativa talvez seja retardar essa saída o máximo po$$ível.