sexta-feira, 11 de setembro de 2015

País - A ÚNICA SOLUÇÃO para o fim de todas as crises

O objetivo deste artigo é oferecer um caminho ou o único caminho para que o Nação brasileira elimine com todas as crises que vivemos, não só esta que ocupa o noticiário com os fatos que a sustentam, e sim para todas as crises permanentes e estruturais existentes.


A proposta não trata de elevação da carga tributária e muito menos na redução dos gastos públicos, ela atende a todos os setores realmente produtivos do País, obviamente que alguém tem que ser contrariado em tempos de “medidas amargas” para restruturação financeira e sua credibilidade de mercado. 
E nesta proposta quem terá que ser sacrificado serão os bancos, ou 15 mil credores de uma dívida ilegal, mais do que sensato sacrificar 15 mil famílias para estabelecer a ordem para 200 milhões de contribuintes.

Por que nenhum "especialista" do cenário nacional não propõe a auditoria da dívida pública como solução para crise econômica? Está prevista na constituição e o pouco que sabemos dela já nos basta para suspender o pagamento dos juros e amortizações de uma dívida que nunca se amortiza, pelo contrário, ela somente cresce.

Sabemos por exemplo que os credores ocultos desta dívida não passam de 15 mil, aqui e no exterior
Sabemos que o contrato assinado entre Delfim Neto e o FMI em 1977 viola todos os tratados comerciais internacionais por terem estipulado juros flutuantes e não pré-acordados entre as partes, lembram quando o Brasil quebrou antes do Plano Cruzado? Fruto dos juros desta dívida que dispararam de 8% para 29% em 1985 onde até carne faltava nos supermercados.

Na época o presidente Sarney chegou a instaurar a CPI dos bancos, mas o poder deles já era tamanho que em poucas horas foram retiradas assinaturas suficientes para o naufrágio dela no Congresso.

Desde 1995 que já pagamos a título de juros e amortização desta dívida quase 9 Trilhões de reais, de uma dívida que não chega a 4 trilhões. Como pode isso?

Vocês ouvem falar ou vêm no noticiário político da América do Sul como anda a gestão de Rafael Correia no Equador? Muito provável que não!
Lá ele teve peito de auditar a dívida pública e constatou que o país devia somente 30% do que era estipulado em contrato. Pagou os 30% e acabou com o tal superávit primário

O resultado é que a educação lá passou a ser integral e federalizada, e o sistema de saúde que quase inexistia deu um salto que hoje é comparado com os melhores do mundo, como na Inglaterra, onde foi o berço do SUS.

Em tempo, em todas as Américas somente Brasil e Argentina praticam o superávit primário na política econômica.
Este debate não é somente de ideologia de esquerda, tanto que na campanha eleitoral de 2014 tivemos dois candidatos que insistiam nos debates televisivos sobre a auditoria da dívida pública, Luciana Genro da extrema esquerda, e Levir Fidélix da extrema direita.

Observem que os grandes veículos de comunicação estabelecem uma linguagem sempre pejorativa para tratar deste assunto, como candidatos “nanicos” de partidos contrários ao sistema (termo depreciativo e preconceituoso, como se a baixa estatura física fosse parâmetro para medir a capacidade das pessoas), ou quando eles utilizam o termo “CALOTE” em face de algum movimento que pretende cumprir o que está previsto na Constituição Federal de 88. Como se fosse calote sabermos exatamente quanto devemos, como devemos e a quem devemos.

Não por acaso os maiores patrocinadores de todos os grandes veículos de comunicação do País são os bancos, que não por acaso nos apresenta lucros bilionários em plena crise.
Em tese quem sustenta a sobrevivência de um banco são seus correntistas, porém em nosso sistema quem sustenta são todos os contribuintes, tanto que o Bradesco comprou a massa falida do HSBC por 17 bilhões em plena crise. Como pode um país em crise ter em seus correntistas potencial suficiente para levantar um banco quebrado e comprado por outro banco?

Vocês consideram justo 200 milhões de brasileiros sustentarem a vida nababesca de bilionários desses 15 mil credores?

Na Islândia o governo não só auditou a dívida como colocou os banqueiros na cadeia, sendo que lá eles fizeram muito menos por merecer do que os banqueiros e políticos que sustentam este sistema aqui no Brasil.

Vocês se lembram na campanha eleitoral de 2002 quando as possibilidades de eleição do Lula se tornaram reais nas pesquisas que o sistema financeiro se descontrolou completamente?

Tudo isso que segundo a grande imprensa noticiou, foi por conta de um "calote" proposto pelo José Dirceu em 2000, e o mercado somente se acalmou com a famosa “Carta ao povo brasileiro” emitida por Lula na reta final de campanha, que na verdade o teor da carta se dirige somente para o sistema financeiro quando ele se compromete pela "manutenção dos contratos".

A história nos garante que não houve nenhuma proposta de calote por parte do José Dirceu, o que aconteceu de fato em 2000 foi um plebiscito promovido pela ONG Auditoria Cidadã colhendo assinaturas em todo País para pressionar o Congresso pela auditoria, e na época o PT participou do movimento oferecendo a capilaridade política de seus diretórios em todo país para mobilizar a tomada de assinaturas, foram 6 milhões de brasileiros que assinaram pela auditoria e o caso foi completamente abafado e tratado pela imprensa como tentativa de calote.

Para vocês terem um parâmetro comparativo, para aprovar a Lei da Ficha Limpa foram necessárias apenas 1 milhão de assinaturas. E como este mesmo Congresso desprezou 6 milhões de assinaturas pela auditoria constitucional da dívida pública?

O Petrolão que é considerado o maior escândalo de nossa história representará no máximo em 150 milhões de reais desviados, ao passo que somente de juros e amortização desta dívida pagamos 1,9 bilhões por dia, equivalente a mais de DEZ PETROLÕES POR DIA.

Analisem as imagens dos gráficos no sugestivo formato de pizza que ilustram esta publicação, que fica evidente que a cada ano que passa pagamos cada vez mais juros desta dívida, principalmente a partir de 2006 quando o país nacionalizou a dívida externa, onde pagávamos ao FMI juros na ordem de 6% ao ano e quando nacionalizada passamos a pagar 19% ao ano.

País nenhum terá seu futuro garantido investindo somente 0,37% do orçamento da União em Ciência e Tecnologia, pouco mais de 4% em saúde, 5% em educação, incluindo aí os incentivos para o ensino privado, segurança pública 0,59%, defesa nacional 2,01 e para juros e amortização da dívida absurdos 42% como em 2014.

Sabem porque pagamos tão caro pela gasolina? É porque praticamente todo lucro da Petrobrás é destinado para bancar o superávit primário que garante o pagamento dos juros e amortizações da dívida, que como todos podem constatar, esta dívida perversa atinge diretamente na vida de todos os brasileiros

A auditoria da dívida pública beneficiará praticamente todos os setores públicos e privados do País, somente serão atingidos os bancos privados, que geram pouco emprego e mesmo assim exploram descaradamente de seus funcionários e correntistas, bastando observarmos as precárias condições que a maioria das agências nos oferecem.

Porque você também não levanta esta proposta?