quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Personalismo que promove a ignorância

O brasileiro precisa urgentemente aprender em definitivo que nossa democracia é sustentada por INSTITUIÇÕES e não pessoas, que pessoas são apenas parte das engrenagens que garantem o Estado de Direito, muito diferente do que interpreta a maioria absoluta dos brasileiros internautas que compartilham e debatem sobre política.

Obviamente que estou falando da decisão do STF em desmembrar as investigações da Operação Lava Jato, que já está gerando a “gritaria” dos ignorantes e adoradores de personagens fabricados pelo interesse publicitário da grande mídia nacional.

Quem observar esses protestos rebocados pela notícia de que a decisão do STF “esvazia” as ações do juiz federal Sérgio Moro nas investigações dos desvios da Petrobrás, imagina que o Doutor Moro seja o presidente do STF e não um mero juiz de primeira instância, e mais, dá a entender que não existe mais nenhum juiz federal de primeira instância capaz de fazer o que o magistrado paranaense esteja fazendo.

Entende-se nesses protestos contra o desmembramento das investigações da Operação Lava Jato que qualquer outro juiz federal que não seja o “Moro”, ou é incapaz de conduzir tais investigações ou é desonesto o suficiente para serem cooptados pelos réus, e definitivamente isso passa muito longe da realidade.

Impressiona ainda mais é ver que tem gente que se diz bem informada que aplaude o voto contrário do ministro-grampeado Gilmar Mendes, com fosse um ato do legítimo e único defensor da moral, da ética e dos bons costumes na vida pública, e isso sem dúvidas que não se encontra neste ministro retrógrado.

Pode até ser que agora com o desmembramento das investigações da Lava Jato nos venha a surgir um juiz federal sem partido, que julgue tantos envolvidos petistas, pepistas, peemedebistas e principalmente os moralistas tucanos, que estão tão envolvidos quanto os petistas, e o Doutor Moro ainda com medo das bicadas ou em conluio com a opção da imprensa ainda não enxergou este fato comprovado e delatado.