sábado, 21 de novembro de 2015

Disparidade que alimenta a “pauta-bomba” da semana

O presidente da Câmara de Vereadores havia nomeado uma comissão técnica do Poder Legislativo, para realizar um estudo de viabilidade orçamentária para conceder o reajuste salarial para o funcionalismo.



A Comissão Técnica da Câmara de Vereadores apenas reverberou o que a prefeita já havia posicionado, os técnicos do legislativo se contentaram em apenas analisar os documentos enviados pelo executivo.

A inviabilidade do reajuste, segundo os técnicos, se escora no resultado financeiro do segundo quadrimestre que aponta um déficit orçamentário que supera os 2 milhões de reais, isso consta na apresentação oficial do governo em audiência pública realizada recentemente.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Rogério Lima, não se contenta com os números apresentados pelo governo para os bom-jesuenses que compareceram na audiência pública, ou para a comissão técnica do Poder Legislativo.

Ele, o presidente do Sindserv-BJI, foi em busca de números que este mesmo governo apresenta muito discretamente para o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e lá ele encontrou números mais robustos e viáveis para conceder o reajuste para os servidores que ele representa.

Segundo relatório apresentado pelo mesmo governo ao TCE, o desempenho orçamentário da prefeitura no segundo quadrimestre apresenta um SUPERÁVIT que supera a casa dos SETE MILHÕES DE REAIS, colidindo frontalmente com o DÉFICIT de mais de 2 milhões apresentado pelo governo aos contribuintes, técnicos do legislativo e servidores que lutam pelo reajuste.

Qual resultado é o verdadeiro? Como pode o governo apresentar duas versões do mesmo cenário para tão somente alcançar seu objetivo em não conceder o reajuste para os servidores?

Se de fato for confirmado que o governo manipulou o resultado financeiro do segundo quadrimestre de 2015, para somente ter argumento para não reajustar os salários dos servidores, os vereadores terão que tomar medidas drásticas, pois estaremos diante de uma fraude praticada pelo governo, que é plenamente passível de cassação do mandato da prefeita.

A sessão ordinária de segunda-feira (23/11) promete muita turbulência com este fato que veio à tona neste fim de semana de temporais e alagamentos, e sem dúvidas que fortes “trovoadas” agitarão a plenária da câmara.