quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Eleições 2016 | Os senhores dos currais do orçamento público

O rolo compressor da prefeita mostrou suas garras vorazes no orçamento público municipal, estimado em mais de R$ 100.000.000,00, para o exercício-eleitoral de 2016.

A corrida eleitoral deste ano se tornou o centro de preocupação dos vereadores da base governista, que diante do enorme desgaste com a opinião pública, eles têm se agarrado cada vez mais as benesses públicas da prefeitura, que sempre são objeto de barganha política entre executivo e legislativo.

Nas eleições de 2008 e 2012 o eleitorado dos distritos de Bom Jesus do Itabapoana teve papel determinante no resultado de ambas as eleições, para termos uma ideia, em 2008 Paulo Sergio Cyrillo venceu na sede do município com uma vantagem de 1.920 votos, e quando abriram as urnas dos distritos, sua concorrente diminuiu a diferença para somente 51 votos.

O mesmo ocorreu nas eleições de 2012, que mesmo tendo cinco candidatos, o mapa eleitoral bom-jesuense se comportou da mesma maneira da eleição anterior que teve duas candidaturas em disputa, com Roberto Tatu vencendo na sede do município com uma vantagem de 1.800 votos, e ao abrir as urnas dos distritos a prefeita venceu com apertada margem de 108 votos.

A mesma tendência ocorre na eleição legislativa, bastando analisarmos que dos sete vereadores que votaram pela manutenção do veto, SEIS tem forte capilaridade eleitoral nos distritos e na zona rural.

A sociedade politizada que está disposta em aprofundar nos debates pela mudança de rumo em nossa administração pública, deve prioritariamente mirar nos cidadãos dos distritos sobre o papel do legislativo nesta crise administrativa/institucional que vivemos, que neste ano estarão muito mais conectados na internet se comparado com 2012.

O que temos que alertar, questionar e debater com o eleitorado dos distritos e da zona rural, é que esses seis vereadores têm como características em comum as práticas clientelistas e assistencialistas, que de tão arraigadas em nossa cultura político/administrativo, todos nós testemunhamos diariamente tais atos a luz do dia como se fosse o supra sumo da Legalidade, da Impessoalidade, da Moralidade, Publicidade e Eficiência.

É fundamental que os distritos e a zona rural se mantenham elegendo seus representantes no Poder Legislativo, somente gostaríamos que estes fossem notabilizados pelo senso crítico com postura INDEPENDENTE.

A expectativa neste ano é que o debate sobre a eleição legislativa tenha um peso da mesma proporção que a disputa do executivo, temos que priorizar os debates e a ampla reformulação de nossa Câmara de Vereadores, que tem dado seguidas demonstrações de como a maioria governista contribui para o atraso do município.