Em todas as publicações que
polemizei sobre o julgamento das contas do exercício de 2006 eu havia noticiado
o interesse eleitoral da prefeita, e em momento algum ela se preocupou em
desmentir tal afirmativa.
Dentro do contexto das relações
institucionais não há absolutamente nada que venha a justificar o interesse de
um governo em exercício no ano de 2016, em articular um resultado de seu
interesse no julgamento das contas do exercício de 2006.
Ocorre que neste julgamento
tínhamos dois personagens se defendendo, e um deles era o franco favorito para
a disputa eleitoral de 2016, com isso a prefeita apostou tudo para deixar Paulo
Sergio Cyrillo inelegível, e como ela não nasceu em Bom Jesus do Itabapoana,
ela não teria o menor peso na consciência em condenar friamente nosso
personagem histórico, Carlos Garcia.
A prova cabal e irrefutável de
que a prefeita deu as cartas neste julgamento, foi a presença numerosa das
parasitas que sugam o erário e dão sustentação a baderna pública, estavam lá
pelo menos dois secretários uns dez comissionados, outros gratificados e
mamadores afins.
A turma do cabide-público da prefeita
somente comparece na câmara em votações de extremo interesse de seu governo, e
a presença deles na votação das contas de 2006 somente serviu para constatar
que a eleição já começou com o descarado uso da máquina pública.
Eles só compareceram na sessão
para apoiar os vereadores-carrascos, tanto que Hamilton Borges foi efusivamente
aplaudido por eles, e quando Waldeir Chrisostomo sacramentou o resultado no
quarto voto favorável ao relatório, eles se levantaram e saíram felizes, com um
indisfarçável sorriso de vitória eleitoral.
Para quem é do meio político
bom-jesuense, é fácil constatar que nessas duas fotografias temos dezenas de
pendurados-do-governo, uns notórios outros obscuros e alguns ilegais, um
retrato sombrio do rumo que Bom Jesus do Itabapoana tomou com este desgoverno.